Amigos,

quero compartilhar com todos minha evolução na gravação de placas. Como senti a necessidade de adaptar várias placas para o Scadabr usei um kit de tintas fotossensíveis para fazer a gravação da minha primeira placa.

Não saiu 100% pois ainda tenho que adaptar algumas coisas. Com as dicas dos colegas fiz um divisor de tensão para ler a tensão de um painel solar pelo arduino e monitorar a voltagem.

Acontece que tive alguns defeitos. Acredito que os parâmetros que usei não foram adequados. Um deles é o tempo de exposição da tinta à luz UV. Usei 2 minutos. Na próxima usarei 2,5 e 3 minutos para testar.

A solução de percloreto está a 30%. Usei Hidróxido de sódio a 15% para tirar a tinta. Para revelar usei uma solução de barrilha leve a uns 10%.

Observem as imagens.

A única que deu defeito grave foi em uma trilha. Para resolver vou colocar uma solda e ver se dá para passar corrente.

Nessa última foto ficou claro o "vale" que separou  minha trilha. Vou ter que fazer uma "ponte".

Opiniões são bem vindas.

Exibições: 3171

Responder esta

Respostas a este tópico

Acredito q você consegue resultado melhor, eu consegui resultado melhor com papel glossy e termo transferência. Coloca os links dos tutoriais que vc seguiu para o método fotografico

glossy é uma porcaria, não vale a pena gastar tempo com glossy...

Dependendo do uso do Glossy o trabalho fica bom , mas em relação a custo benefício o glossy é mais caro , eu utilizo papel fotografico do mais comum ou então folha de revista e o resultado final fica excelente , me atende em todos os quesitos .

Sydney parabéns pela iniciativa.Uma das coisas que me deixou curioso,foi com relação as imagens dessa sua postagem.Ela é bem definida.Usou algum microscópio?Conte-nos este segredo ...

Creio que nas próximas tentativas vai melhorar.

Almir,

usei sim um microscópio com fotografia. Fiquei curioso em saber como estava a placa no mundo microscópico. Percebi aqueles defeitos e fui investigar. Acho que minha resina ficou fina. No primeiro teste achei que tinha ficado grossa de mais. Dai ao centrifugar a placa para espalhar a tinta deixei mais tempo.

Também percebi que a linha superior de delimitação ficou menor que a de baixo. Acho que tenho que colocar um vidro bem pesado para evitar que o fotolito afaste da  placa.

Eu segui também a dica do Marcos Wiechert que disse que não era necessário colocar fotolitos sobre postos. Bastava controlar o tempo.

Vou testar com 2,5 e 3 minutos para ver no que vai dar.

E continue acompanhando pois vou trazer novidades.

Olá Sidney,

Bem vindo ao mundo da fotogravação, em pouco tempo você vai conseguir corrigir todos estes problemas e obter resultados profissionais.

Eu te diria para observar o seguinte:

1- Imprimir o fotolito com a máxima resolução da sua impressora. Eu uso uma jato de tinta com 600dpi e não sobreponho fotolitos.

2- A camada de tinta deve ser a mais fina e uniforme possível, para isto eu estou usando uma tela de silk screen virgem para espalhar a tinta sobre a placa. Na minha opinião o melhor resultado é com a tela de silk, em segundo lugar o uso da centrífuga e em terceiro lugar um cartão de crédito ou uma espátula para espalhar a tinta.

3- Coloque a face impressa do fotolito (lado da tinta) em contato com a placa, para evitar difração da luz UV atravessando o fotolito e atingindo parte do cobre abaixo das partes "cobertas".

4- Faça um "sanduiche"  (vidro + placa+fotolito+vidro) e use pregadores de roupa para que o fotolito fique bem colado a superfície do cobre.

5- Quanto ao tempo de exposição a lâmpada UV, você precisar testar pois varia com a lâmpada, distância, impressão do fotolito, etc. Mas a dica é a seguinte, se ao revelar a placa na barrilha a tinta das trilhas sair tem que aumentar o tempo de exposição UV. Se a tinta das partes que não são trilhas não sair diminua o tempo de  exposição UV. Simples assim, pra ter uma ideia, eu estou deixando a lâmpada ligada apenas 40 segundos.

6- Use o método científico, registre, anote tudo que você faz como tempo de exposição, proporção entre tinta e catalizador, como espalhou a tinta, como secou a tinta, a distância da placa para a lâmpada, resolução e ajustes da impressora, etc. Desta forma fica mais fácil analisar, descobrir as causas dos erros e acertos e principalmente conseguir repetir os acertos novamente.

7- Não desistir jamais.

Abraço.

Sidney, pessoal,

Nas últimas semanas fiz minha primeira placa tb, utilizei termotransferência, com Sulfitão mesmo e funcionou legal, principalmente nas ultimas que fui corrigindo os erros das primeiras.

Mas tenho uma dúvida. O processo que o Sidney utilizou é  bem mais complicado e utiliza produtos químicos mais "perigosos" tb, para fazer em casa (eu ainda moro em apartamento). 

Minha pergunta é: qual a vantagem deste com tinta termosensível do método de termortransferência?

Obrigado!

Olá Ric4rdo,

O processo fotográfico tem mais etapas que os outros processos sem dúvida, mas também tem como vantagem principal fazer a máscara de solda e as legendas de componentes, além de ter uma definição maior que qualquer outro método de fabricação. E com um pouco de prática e as ferramentas corretas fica fácil obter resultados fantásticos. 

Quanto aos riscos e "perigos" são os mesmos de outros métodos que se usa produtos químicos.

O uso do Hidróxido de sódio (NAOH) popularmente conhecida como soda caustica é desnecessário, podendo ser usado uma simples palha de aço embebida na solução de carbonato de sódio (NAHCO3) conhecida como barrilha leve que foi usada para a revelação da placa, tem que esfregar um pouco a palha de aço para que a tinta saia, mas não se corre os riscos de acidentes com o uso da soda caustica. Na falta de barrilha é possível substitui-la por bicarbonato de sódio, deste usado para cozinhar.

Eu já experimentei praticamente todos os métodos de confecção de placas de circuito impresso, e sem dúvidas após conhecer o método fotográfico com tintas UV não quero mais saber de nenhum outro.

Abraços.

Obrigado pela explicação,realmente fiquei assustado porque confundi a barrilha com soda.

Vi alguns videos tb, mas achei que para mim que estou iniciante, ainda é cedo. Vou continuar usando o ferro de passar até pegar bem o jeito e depois vou experimentar os outros. 

Valeu pela dica!!

Abç

Amigo, experimenta acetona e depois me conta o resultado! (dica) compra uns vidros de 1/2 litro na farmácia que sai bem mais barato, e coloca o suficiente numa bacia para encobrir a placa e deixar de molho por uns 40 segundos... 

Vou usar todas as informações com sabedoria. Vou seguir a sugestão do Marcos e parametrizar tudo para sabermos o que pode estar acontecendo de errado. O sanduiche também é uma boa idéia.

No geral o que importa é que avançamos. A primeira placa é um divisor de tensão para compatibilizar a energia de um painel solar com o arduino. Dai vou conseguir monitorar a voltagem e a corrente (sensor aparte) e jogar para o Scadabr.

Dai conseguirei gerir os dados para obter a máxima eficiência dos paineis solares. Também vou fazer experimentos. Já que ciência é minha paixão, vou estimular todo mundo a estudar este experimento. E quem se interessar terá acesso a todo o material produzido.

Sabedoria é fundamental sempre, assim como a organização e medidas de segurança.

Não podemos esquecer de sempre trabalhar com segurança, sempre usar óculos de proteção, luvas, avental.

Saber oque fazer em casos de acidentes, como neutralizar corretamente cada produto, além de descartar corretamente, evitando danos ao ambiente.

E nunca deixar os produtos químicos acessíveis a curiosidade de crianças e animais, a alegria e satisfação em realizar nossas montagens não vale a dor causada por um acidente.

RSS

© 2024   Criado por Marcelo Rodrigues.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço