arduino, eletrônica, robotica...
Arduino virou um produto... Engenharia Reversa? Criptografia? Qual a segurança?
Olá Senhores!
Então, a ideia é, eu fiquei horas em cima de uma protoboard, compilando códigos e fazendo testes, criando um produto, e chega o momento que quero transformar isso em uma versão comercial, a parte de hardware, eu poderia até raspar os chips, para não identificar quais são, a placa e etc...
1 - Gostaria de saber, se existe algum tipo de criptografia para gravar de forma protegida contra engenharia reversa.
2 - Eu acomodando a placa dentro de um case, pequeno, o que poderia ser colocado junto para, depois que testar enviar para os clientes e evitar cópias, da placa e etc... Ouvi falar de uma espécie de pixe de asfalto, mais não sei se é mito... ou onde eu conseguiria isso... Pensei em cola quente de silicone, mais seria facilmente retirada.... A ideia, é se chegar a ser aberto, e querer chegar na placa, ela deveria ser danificada pra poder enxergar...
O produto, depois de desenvolvido é simples, mais não quero entregar de "graça" pra ninguém.
Alguém já fez algo parecido, ou tem uma ideia que pode me ajudar?
Desde já agradeço a atenção e um abraço.
Respostas a este tópico
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Permalink Responder até Carlos kwiek em
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Olá Wellington,
Essa é a parte mais bonita da diversidade do ser humano, pensamos e agimos de forma diferente sobre um mesmo assunto, e todos temos nossas razões.
Note, eu tenho uma empresa, se quiser visite: www.cinedigital-brasil.com.br a maioria dos produtos que desenvolvo, fabrico e vendo, não utilizam nenhuma ferramenta ou recurso open source, ao contrario, são produtos com patentes e protegidos por leis de propriedade intelectual, imagine os filmes por exemplo, se alguém copiar um pré lançamento e piratear causara um enorme prejuízo a todos aquelas que colocaram seu tempo, esforço intelectual e físico, capital para construir um produto, e com ele lucrar, e seriam literalmente roubados em caso de copia indevida.
Não sou contra a este tipo de proteção, ao contrario zelo por isso.
Coisa diferente, muito diferente, são as chamadas aplicações, seja de hardware ou software, que fazem parte do núcleo conhecido como open source, uma maneira de pensar, uma forma de ver as coisas, uma nova alternativa que não pretende ser um dogma para todos, e sim uma forma de ver e encarar as coisas a partir do compartilhamento de conhecimento, também apoio fervorosamente esta ideia, uso Linux em dos meus notebook, mas uso e pago por Windows 10 em outros.
Onde quero chegar com isso? Que considero que não devemos nos valer dos recursos do open source para fazer aquilo que o open source prega como paradigma, sigamos a corrente open source e seus princípios, já imaginou fazer uma melhora significativa no código fonte do Ubuntu por exemplo e não compartilhar com a comunidade? Isso não quebraria o espirito que fez o Linux chegar aonde chegou?
Já parou para pensar quanta gente aqui esta aprendendo porque todos tem o espirito do open source? já vi pessoas aqui solicitarem uma aplicação para montar uma irrigação em uma grande horta que é seu sustento, outras uma chocadeira de ovos, pessoas que com certeza não teriam os recursos para comprar as mesmas coisas equivalentes no mercado fechado, mas graças ao espirito open aqui conseguiram o que queriam.
Concluído, sou a favor dos dois sistemas, o compartilhado e código livre, e também do oposto, mas creio que cada comunidade deve ser respeitada dentro daquilo que se propos, creio que ninguém aqui por exemplo, gostaria de ver um tópico seu assim: Pessoal, vejam este video, com um Arduino fiz acender uma lâmpada via pensamento, viram que legal? Mas não conto como fiz, nem mostro o código, baba baby baba; creio que neste caso, voce deveria visitar uma comunidade como o Mercado Livre, e expor para venda seu produto, anunciando seu potencial, nenhuma pessoa no ML perguntaria pode enviar o código por favor, aqui sim solicitariam, porque disso se trata, entende onde quero chegar com a comparação?
Espero tenha entendido minha opinião e posição, mas fico a disposição caso deva esclarecer alguma coisa se considerar oportuno
Abs.
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Permalink Responder até Welington Bertoncelo em
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Concordo plenamente contigo, mais o meu produto resultante acho que devo proteger, e tendo em base o que diz no próprio site do arduino FAQ Arduino na parte Can I build a commercial product based on Arduino?
Acho que temos mais peças arduino rodando do que imaginamos.... Muitas em versões comerciais...
Já pensei em até criar salas físicas para ajudar mais pessoas aprender, pois quanto mais gente, mais ideias, mais acredito que tenho que me preparar mais ainda...
Obrigado pela atenção, Todas opiniões são válidas....
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Permalink Responder até Weider Duarte em
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Olha galera,
Concordo em parte com os dois grupos.
Acho que tem coisas sim que queremos proteger pois estudamos, nos empenhamos, investimos pesado tempo e dinheiro com um objetivo comercial, dai mal conseguir obter o investido é complicado, logo, acho que tem sim coisas e produtos, que devemos proteger, ao menos por um tempo, afinal todos sem um estimulo mesmo que seja financeiro, chega uma hora que o cara desestimula.
Porem, tambem acredito na liberdade do conhecimento, tanto que estamos sempre aqui passando ele pra galera.
Welligonton, só essa semana eu descobri um pouco mais a fundo os fuse bits, ele são configurações feitas no microcontrolador para ele ter certas caracteristicas, no caso do arduino, quando gravamos os bootloaders nos CIs, ele vem com os fuse pré setados.
Os fuses servem para varias coisas, uma das que achei mais legal foi acionar o watchdog interno do microcontrolador, que acho que você deve saber o que é.
Outro dia tive uma duvida que envolvia fuse bits e o grande rui colocou uns links bem legais falando sobre eles, dá uma olhada nesse topico aqui:
http://labdegaragem.com/forum/topics/duvida-existe-diferen-a-no-wat...
Eu acho que cada caso é um caso, e tem hora e espaço pra tudo.
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Permalink Responder até Almir Bispo dos S.Filho em
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Para proteger o produto,existe a lei de Patentes.Para proteger o codigo, tem a lei de direitos autorais.
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Permalink Responder até José Gustavo Abreu Murta em
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Nunca usei nenhum dos dois registros.
A informação que eu tenho é que os processos são muito burocráticos e caros.
Isso é Brasil !
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Para proteger o produto,existe a lei de Patentes.Para proteger o codigo, tem a lei de direitos autorais.
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O processo é burocratico em qualquer lugar.
E ja usei patente e detenho uma de numero PI 0202191.Tal patente recebeu citações de empresas grandes.
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Legal demais ! É possível a gente ver a sua patente ? Se puder nos informar :
Quanto custou ? Quantos anos demorou para conseguir.
Obrigado !
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Zé gustavo, você não sabe o quanto foi perfeito em suas colocações.
Eu tive uma patente a alguns anos, eu inventei o "Arcadinho" tratava-se de uma miniaturização da maquina arcade de games.
Na verdade eu só lancei uma versão, mas eu criei 3, das outras duas, uma só fiz o prototipo, já uma grande eu ainda vendi algumas.
Cheguei a pagar a entrada da patente, mas o troço era tão caro para as minhas condições que desisti, dai um figura aqui do estado pediu a um amigo meu que me ajudou, e ele patenteou.
O cara fatutou uma tremenda grana, pois ele vendeu pra o brasil todo, tudo que era playgame no brasil tinha arcadinho, isso foi antes da era das lanhouses, que substituiu os videogames por computadores.
Me perguntaram uma vez se eu não ficava chateado de ter visto o cara ganhar tanta grana e eu nunca ter visto um centavo, eu respondi que não, que ele tinha tido a honratez de perguntar antes se podia, e depois disso ele levou uma criação minha a fazer a felicidade de muita gente, e mesmo que só eu e meus amigos soubessem que eu era o criador, pra mim isso bastava.
Um processo de patente é meio penoso, hoje e dia até é um pouco mais facil, antigamente você tinha que se matar com uma reguá pra ficar medindo milimetro por milimetro do texto, tudo tinha que ser diagramado conforme um padrão, qualquer errinho era motivo de voltar, hoje existem templates que facilitam.
Mas ainda assim o processo continua salgado.
Pra quem tem uma empresa ou tem certeza que seu produto vai vingar até vale a pena, mas para caras como nós que inventamos uma coisa nova todo dia, não vale a pena, a gente iria quebrar de tanto pagar taxa ha ha ha.
Ajudei alguns amigos a fazerem algumas patentes pra eles, redação... desenhos(como desenho em 3D facilita) no final eu acabo quase sempre tendo de recriar o produto deles, mas amizade é amizade.
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Weider, envie uma foto do seu Arcadinho. Fiquei curioso.
Eu não conheci. Não aprecio video games....
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Como ele se propagou para o Brasil todo, é facil achar imagens na net, veja aqui algumas que achei:
Na época eu tinha amigos que davam manutenção em maquinas profissionais de arcade(fliperamas) e consegui os controles e botões com eles, mas esse ai em cima foi o modelo que se tornou famoso, ele foi a versão 2.0 a versão 1.0 era uma especie de banquinho e os controles ficavam entre as pernas, pra jogadores de jogos hardcores como jogos de luta ele era muito melhor, mas como eu tinha play game tive que bolar um modelo que fosse uma mesinha pra por a tv em cima, dai fiz esse tipo ai.
O Fodissimo na epoca era que tratava-se de uma adaptação, os botões arcades são somente contatos, quem fazia todo o processo era um controle do videogame que seguia dentro, desmontado, comecei fazendo para o Super Nintendo, mas quando chegou a geração do Playstation foi foda, pois as trilhas eram finissimas para sangrar, dai eu tinha que usar capilares até uma placa intermediária e dela puxar os pontos de contato.
Tive muuuuitas horas de diversão com esse bichinhos ai, e muita gente que gosta de games tambem.
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Ah! mas não foi esse ai que me deixou meio traumatizado com patentes, apesar que se você mesmo fizer toda a sua, com certeza vai ficar de cabelo em pé.
A alguns anos uma grande empresa estava com problemas de roubos em áreas abertas, e por mais segurança que colocassem não dava jeito.
Dois conhecidos meus tomaram conhecimento e me procuraram, eu visitei os pontos, e como eram vários percebi que o problema deles era que por se tratar de uma área aberta, qualquer sensor colocado acabava sendo acionado por algo do ambiente.
Dai eu bolei o Escalonamento de sensores.
Hoje é um conceito até bobo e simples, mas na época ninguem tinha pensado nisso.
O escalonamento nada mais era do que ligar a saida de um sensor na entrada do outro, dai somente quando 3 sensores diferentes fossem sensibilizados ele emitiria o sinal via radio.
Em arduino seria algo mais ou menos assim:
if(sensor1 == 1 && sensor2 == 1 && sensor3 == 1){
digitalWrite(13, HIGH;) }
Simples né? mas imagine isso anos atrás no tempo em que tudo era praticamente analogico.
Bem, pra finalizar a historia foi feita uma patente e eu fui posto de fora, os caras venderam os serviços, ganharam uma tremenda grana e até hoje eu não vi um centavo, mas como justiça existe, seja, divina, seja da natureza, seja Karma, cada um escolha o que achar melhor.... bem, hoje eles estão quebrados, piores que antes, eu nunca movi um dedo contra eles, nunca praguejei, apenas segui meu caminho.
Só devido a isso que comecei com o PIC e depois pulei pra o Arduino, e hoje tenho vocês aqui e sou um cara bem realizado.
Percebi que coisas chatas acontecem, é de sua escolha deixar sua vida ser pertubada por elas ou seguir em frente, eu escolhi seguir em frente.
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