Olá pessoal, este é meu primeiro tópico.

Eu pesquisei muito sobre satélites, e embora não saiba muito, queria compartilhar e discutir com vocês a praticidade.

 

Introdução

Antes de mais nada, considerem que o que estou propondo não é impossível.
Um satélite fica a cerca de 600 km de altitude.
Calculo que seja necessário cerca de R$ 2.000 para criação. [peço ajuda para estipular preço de lançamento]
Creio que o Brasil não tenha nenhum satélite amador no ar. Não seria legal sermos os primeiros?!

 

Objetivos 

Recolher informações sobre o espaço, Receber imagens exclusivas da terra/lua, Armazenar arquivos 'over the cloud'. Todo dia o satélite geraria uma série de números randômicos com infos vindas de seus sensores, inclusive contador geiger... vai que recebemos os números da megassena?!!?!

E PRINCIPALMENTE: mostrar à todos que nada é impossível, que dá para sonhar alto com os pés no chão e para ajudar a divulgar o projeto do laboratório de garagem. 

[porquê não!??!?!] 

 

O Formato

Consideremos o formato CubeSat, 100x100x100mm e limite de 1kg. Há cerca de 13 mil satélites em órbita, mas apenas uns 300 são CubeSat.

 

Comunicação

Creio que a melhor forma seria 2 frequências, uma de uplink e outra de downlink.
As frequências devem ser entre 130 e 450 MHz [calculado?], e devem ser registradas na Associação dos Radioamadores.

 Pelo satélite não ser geoestacionário, ele vai passar sobre o Brasil apenas algumas vezes ao dia [janela de 120 minutos talvez]. Por ele estar em uma órbita elíptica, seria necessário calcular as distorções do Efeito Doppler [aonde a frequência é maior na aproximação e menor no afastamento]

 

Energia 

Quatro faces com painéis solares de alta eficiência seria o bastante para alimentar o interior e carregar as baterias.
Creio que 4 baterias de lítio comuns [iguais às de celulares] seriam o suficiente.

Deve-se tomar cuidado com a radiação. A 600km, o campo magnético da Terra não vai proteger muito contra a radiação solar. Um limitador de corrente, alguns capacitores, chaves e talvez até uma Garrafa de Leiden  possa ajudar.

Seria interessante também tentar usar bobinas para gerar energia.

Em projetos que estudei, vi que as antenas consumiam 300mW.

 

Controle 

Claro que não teríamos o poder de controlar a direção e rotação do satélite, neste tópico vamos falar sobre o controle computacional.

Pensei em sistemas separados em ordem e hierarquia. BIOS, controle de energia, logging system, arduino, payload.

-BIOS: ela vai ser um microcontrolador ligado diretamente à antena, ele vai fazer a interpretação e decodificação do sinal, vai controlar o sistema de energia, baseado nos comandos recebidos pela antena, e vai repassar os pacotes para o arduino.

-Controle de energia: encarregado de gerenciar as baterias e painéis solares, também vai ter a função de dar um 'shutdown' caso a corrente ultrapasse limites pré-estipulados.

-Logging system: vai registrar tudo, todos os sistemas se reportam a ele, mas não são controlados por ele. Vai ser lido pela BIOS em caso de report. 

-Arduino: ele vai ser o verdadeiro 'brain' do CubeSat, ele q vai controlar todos os sensores do 'payload'. 

 

Payload

Esta vai ser 'a carga útil' do satélite. Vai ser controlado e vai se comunicar por meio do Arduino.
Tendo me mente as limitações de peso e tamanho, e considerando q só vai restar cerca de 300g disponíveis, eu estava pensando em colocar:

-Mini câmera de 4 mega pixels.
-GPS de pelo menos 5Hz [5 atualizações por segundo] e pelo menos uns 15 channels [capacidade de se localizar por pelo menos 15 satélites simultâneamente]
-Acelerômetro, seria necessário para saber quando ele vai estar apontando para a terra, e necessário para calibrar outros sensores.
-Barômetro
-Medidor de campo magnético
-Contador Geiger?!
-Série de sensores de luz como LDR e fototransistor de infra-vermelho. Possivelmente também seriam utilizados para medir temperatura da superfície terrestre.
-Termistor, sensor de temperatura. 

 

Antena

No espaço, quanto menos partes móveis melhor, lembrando que teremos apenas uma chance que vai separar termos um satélite ou 1kg de lixo espacial. Mas, com as limitações pada o lançamento, é indispensável que a antena 'surja' de dentro do satélite. Vi em um projeto uma solução bem inteligente:

O grupo utilizou uma fita métrica metálica [que tende a ficar reta] dobrada ao redor do satélite, e presa por um fio de nylon fino. Quando ativado, o satélite aquece um fio de 'nicromo' ou algo do tipo que incandescente, corta o fio de nylon, assim, abrindo a antena.

 

 

 

E então, vamos levar esse projeto a diante... ?! 

Pessoal, isso foi o que eu consegui pesquisar, peço ajuda de todos, este projeto é possível, e teria orgulho de participar de um projeto que levaria tanto o logo do Lab de garagem, quanto o espírito e sonho brasileiro.

 

Espero muitas respostas.

Vamos que vamos =] 

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Respostas a este tópico

André ótimo projeto, no momento estou envolvido com o TCC mas adoraria participar do projeto sim, estarei com tempo adequado somente a partir do segundo semestre do ano que vem.

abraço

Deve ser muito legal tirar essas fotos ou fazer um video:

http://noticias.terra.com.br/ciencia/fotos/0,,OI128155-EI238,00-Ama...

 

Balão caseiro capta imagens do espaço e volta intacto:

http://www.youtube.com/watch?v=UCaXXbUKJDY

Como seria feito o lançamento??

 

Po tenho tempo livre todos os dias após as 18:00. Topo participar do projeto!

André Maravilha! gostei muito de sua iniciativa! eu quero muito participar deste projeto!
Conheço a CubeSat a alguns anos! vou colocar alguns pontos negativos não para desanimar ninguém!!! mais para expor que sim pode ser fácil lançar um satélite mais envolve muito mais coisas do que pensamos.

Construir o satélite em si não é difícil, hoje com o apoio da comunidade do Laboratório de Garagem é perfeitamente aceitável a realização deste projeto, o problema se encontra nas autoridades competentes e dos custos de lançamento, vejamos:
Não sou um profundo conhecedor de astronomia, porem, creio que não há outro meio de lançar um objeto em orbita "estacionária" se não por meio de veículos a combustão, sei que balões atmosféricos chegam a grandes altitudes mais não o suficiente para colocar um objeto em orbita segura e estacionária, ele entraria em orbita novamente o que seria muito perigoso, é uma pena! pois seria extremamente barato lançar um satélite por um balão.
Outro problema seria com autorizações tanto do nosso governo quanto internacionalmente, mesmo tendo tecnologia voce não pode simplesmente colocar um satélite lá no alto! é preciso um comum acordo autorizado por toda comunidade internacional! afinal você não quer por azar destruir um satélite de bilhões do governo americano, ou até mesmo atrapalhar um sinal de satélite de uma grande empresa de TELECOM seria muito caro enfrentar as consequencias! rsrsrsrs
Bom creio que estes seriam os maiores empecilhos para este projeto! quanto a tecnologia! com força de vontade e apoio dos talentosos garagistas faríamos este projeto sem dificuldade alguma (tecnicamente falando).
Sugiro que busquemos um apoio de alguma universidade ou até mesmo uma comunidade cientifica apoiada pelo governo para custear parte do projeto ou ajudar na documentação.

Abaixo segue o link de um projeto que pode abrir bem os horizontes dos garagistas, o projeto é o NANOSATC-BR feito pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM pelo que vi ele contou com apoio do CNPq e o INPE, observação: usaram o CUBESAT.

http://mtc-m19.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/mtc-m19/2011/09.26.16.58...

 

Existem muitos entusiastas de foguetes pelo mundo todo! e pelo brasil também, se eu nao me engano eu já vi aqui no LdG uma comunidade sobre este assunto, não é impossivel mais quem sabe o proprio foguete não pode ser construido por nós? impossivel? sonhar alto d+? eu não acho! e olha que nao sou nenhum sonhador! sou muito realista com as coisas!

 

se falta motivação "paixão" por alguém que ler este post, veja a matéria abaixo! este projeto proposto pelo André pode ter grande viabilidade lucrativa, visto que poucos são audáciosos no mundo para isso.

 

http://brazilianspace.blogspot.com/2010/08/mercado-de-satelites-em-...

http://www.teletime.com.br/06/10/2011/empresas-querem-que-governo-m...

 

 


espero poder participar ativamente deste projeto! e espero ter ajudado em algo!

abraço a todos!

Boa tarde.

 

Aqui na empresa estamos interessados em balões atmosféricos de longa permanência na borda do espaço. O interesse é principalmente para estudos científicos da atmosfera, sensoriamento remoto do so solo, massas de água, comunicações e estudos do espaço.

 

Trabalhamos atualmente no projeto e construção do hardware, testes de bancada, testes de campo (lançamento, monitoramento, rastreamento e recuperação), projeto, construção e testes e homologação de software embarcado e software de base terrestre.

 

Algum interesse em comum conosco? Se sim, por favor me avisem.

Obrigado a todos pelas respostas.

Rafael, acho que a maior burocracia seria apenas se nós mesmos fossemos lançar. Esta que é a parte perigosa, é nessa etapa q a velocidade, êngulo e altitude são definidos.

Creio que não teríamos de nos reportar oficialmente a nenhuga organização.

Mas vale registrarmos o projeto na AEB, NASA e Gunter's Spage Page [http://space.skyrocket.de/sat_c_brazil.htm]. Também na Associação de Radioamadores [creio ser algo mundial]

A NASA inclusive tem um projeto que ajuda a rastrear os satélites [porquê será?! hahaha]

 

Outra coisa que eu estudei: se vc apresentar algo 'inteligente' e único, a nasa mesmo lança.
O projeto deles de lançar gratuitamente, é até 2013, e a submissão de projetos é até dia 14 de novembro... vale arriscarmos!?

 

Abraços,

Boa noite André.

 

 Podemos colaborar com a parte de software eventualmente. Pode postar dados técnicos do projeto para fornecermos um protótipo do software já funcional para avaliação sua?

 

Quem irá ajudar com essa tecnologia é a BSRSoft (http://soft.bsrpar.com)

 

Abração.

André,

 

Creio que o software deva ser a última  coisa desenvolvida. Afinal, é o hardware que vai nos limitar.

 

Outra coisa, em relação a viabilidade econômica, seria muito legal criar uma série de balôes controlaveis de alta altitude para atuarem como satélites.

Mesma idéia do dirigível. Balão resistente cuja densidade varia de acordo com nossos interesses.

Provavelmente o tempo de vida útil seria de apenas uns 18 mêses, mas felizmente poderíamos controlar a queda dele antes de acabar o gás, que vai vazando com o tempo, permitindo assim re-abastecermos, fazermos uma manutenção e depois relança-los.

 

abrass

Olá.

 

Podemos colaborar com certeza com estes balões de alta altitude (limite atmosférico) e de alta permanência para ensaios com equipamentos.

 

Poderemos colaborar com engenharia, lançamento, software etc.

 

Está dentro do escopo de nossa política de P&D.

André, sou novo aqui no LdG. Pode me falar mais sobre sua empresa e dos projetos que ela participa?

Olá André.

 

A BSRSoft LTDA é uma empresa de tecnologia controlada pela holding BSR Participações LTDA, que investe em outras empresas de tecnologia.

 

A BSR Participações possui 80% das cotas societárias da BSRSoft.

 

A BSRSoft trabalha com software e hardware para serviços de data center, presta serviços de data center, cria software básico (drivers, SO etc), software de segurança e defesa, software e hardware de supercomputação (HPC), inteligência artificial de grande escala e embarcada, sistemas de sensoriamento e defesa embarcadados, veículo autônomos etc.

 

Você pode ver nossas linhas de P&D em:  http://soft.bsrpar.com/pages/pesquisa-desenvolvimento

 

Atualmente estamos trabalhando de maneira intensa com veículos autônomos. Balões de alta atmosfera e grande permanência estão na linha de P&D nossa e aproveitam diversos sistema que embarcamos em veículos autônomos, inclusive os aéreos.

Qualquer questão, me diga.

Olá.

Um engenheiro está trabalhando em cima das especificações que você publicou aqui e está gerando um rascunho de projeto para um protótipo de balão de testes para a sua carga útil.

 

Estamos trabalhando também em cima de alguns aspectos da carga útil na nossa engenharia. Vamos mantê-lo informado aqui. Qualquer idéia, por favor diga.

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