Bom dia, como sempre grato por tanto material e discussão por aqui para aumentar nosso conhecimento.

Minha duvida é simples mas já vi muitas discussões.

Já fiz vários cursos em uma empresa de SP, comprei vários livros, já montei vários protótipos e isso com PICs. A literatura é bem vasta no Brasil sobre PIC e exemplos. 

Comecei a fazer uns projetos com Arduino e e fique espantado com a facilidade de programação.

Agora, estou desenvolvendo um supervisório com Visual Studio C# que vai ser o primeiro projeto importante da minha vida e vai ajudar demais minha empresa. 

Minha duvida é a seguinte: todos falam que os PICs são muito confiáveis e que não queimam nunca e etc.... Posso esperar o mesmo do ARDUINO?

O PIC para programar uma comunicacão  serial é um trabalhão, com um monte de cálculos, vários compiladores e etc. A empresa que ensina a distância faz um módulo de curso em RS232 no compilador Mikro C, depois faz curso de Ethernet em MPLAB por que a Microchip disponibiliza pilhas para o compilador dela. Pra comunicar com a USB, um problema.

Mesmo assim, vejo resistência em mudança do PIC.

Posso confiar em fazer um supervisório com Arduino?

Ontem fiquei programando duas horas o PIC para mandar um protocolo pela serial com dezenas de instruções e o Arduino em minutos fiz o que precisa para testar meu supervisório. È muito estranho isso, sendo que, o objetivo é o mesmo. 

Vi colegas aqui defenderem sobre a essência da programação, de uma programação pura. Os compiladores mais usados, até para efeito didático, são cheios de bibliotecas para facilitar a programação e não ficar aquele monte de configurações. Quando alguém vai ensinar ou escrever algum livro, sempre tem uma biblioteca pronta por eles para facilitar Pra que complicar se podemos facilitar, esse é o objetivo de todo mundo. Todos nós sabemos aqui que sempre será usado, na maioria das vezes, microcontroladores para ler sensores, acionar alguma carga ou dispositivo, comunicação e usar telas, tirando isso é um trabalho muito especifico. Os hobbystas não entendem 100% de programação mas tem idéias geniais como podem ser vistos nos videos postados pelo mundo.Isso graças as facilidades de programar. Por isso perguntei se posso confiar no Arduino para trabalho profissional.

Foi mais um desabafo da minha visão do que uma discussão mas serve para todos darem sua opnião que gera grandes discussões na internet.

Desde já grato a todos!!!!

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Respostas a este tópico

Bom, se é para discutir, vamos nessa.

Acho que dessa abordagem se é mais confíavel ou não, os PICs e o processador que é usado em alguns ARDUINOS, são todos suscetíveis a problemas, não queimar nunca, acho que seja mais por cuidados que são tomados quando se está projetando um circuito, eu já queimei uns ATMEGA porque o meu circuito foi montado errado e um ARDUINO pois ele era xing-ling e torrou o chip FTDI.

Não trabalho com manutenção de equipamentos, os poucos que abri, achei tanto PICS quanto ATTINY que são as versões reduzidas dos ATMEGA usados nos ARDUINOS (um que achei um ATTINY é um sensor de presença, com controle de DIA/NOITE).

A placa arduino como foi projetada voltada para ensino, e teve apoio da ATMEL para seu desenvolvimento, realmente é bem mais fácil de trabalhar e já da gravar e implementar seu projeto, nos PICS antigos, você precisava gravar usando um gravador e depois montar um circuito para usa-lo.

Um amigo sempre recomendou os PIC para os projetos de seus alunos, quando eu mostrei o ARDUINO ele passou a usa-lo como base.

No brasil, muitos cursos ainda usam PIC pois a "grade" ou sei lá como chamam, é muito engessada então ainda usam nas matérias PIC, isso talvez seja o motivo para não terem adotado o arduino. Pois se já é dificil ensinar C imagina para ensinar assembly

A minha experiência em projeto de hardware profissionalmente é zero, mas vou dar os meus pitacos.

HARDWARE:
Em primeiro lugar, eu diria que a comparação é entre os microcontroladores PIC e os AVR (usados entre outras coisas no Arduino). Os dois são projetados e fabricados por empresas conceituadas (Microchip e Atmel). A empresa para a qual eu fiz vários trabalhos de desenvolvimento de firmware usava inicialmente PICs. Em projetos mais recentes usou MSP430 (em um projeto que precisava de baixíssimo consumo), ARMs da ATmel e da ST (em projetos que necessitavam de bastante capacidade de processamento e memória) e atualmente tem um projeto baseado em um ATmega. A percepção deles é que estes componentes são igualmente confiáveis mas possuem características especiais ou relação custo/benefício não disponível nos PICs.

SOFTWARE
Quando eu comecei a estudar os PICs (estou falando aqui das linhas clássicas, PIC12xx e PIC16xx) eu fiquei surpreso de alguém conseguir fazer um compilador C para ele. Eu usei (e ainda uso em casa) o CCS C e acho um "urso andando de bicicleta": não anda muito bem mas é incível que ande alguma coisa! O processador AVR é bem mais apropriado para desenvolvimento de compiladores. A IDE do Arduino se baseia no gcc, que é um compilador bastante confiável. Se você preferir, existem compiladores desenvolvidos por empresas especializadas na área de embarcados. Sobre as bibliotecas disponíveis para o Arduino eu diria que a qualidade é bem variável, é bom dar uma olhada no código antes de usar em projetos profissionais. Por outro lado, a disponibilidade é muito grande.

Arduino! Arduino! Arduino!

Brincadeira: é que andei frequentando muita passeata por esses dias...

Quanto à facilidade de programação e upload: 10x0 pro Arduino.

Quanto ao poder: a infinita quantidade de bibliotecas que tem prá Arduino faz com que quase qualquer coisa que vc resolva programar com ele seja fácil. O que não te impede de fazer na mão e reinventar a roda.

Quanto à robustez: outro dia um sujeito ligou um shield que ele tinha feito para controle de TRIAC em 220V plugado no meu bom e velho 2009, com mais de 3 anos de uso. O shield tinha um erro, explodiu e vaporizou as trilhas de cobre em cima da plaquinha do meu pobre Arduino.

À exceção de um dos terras, que furou o suporte, o bicho funciona que é uma beleza. Ficou até bonito, "acobreado" por cima.

Versatilidade: tem vários modelos, cada um com características ótimas para determinados usos, compatíveis umas com as outras. Já o Pick é uma baderna: tem DEZENAS de versões, com firmwares incompatíveis entre si... prá que mesmo?

Bom, essa é minha opinião, desapaixonada como vcs podem ver... :)

Essa discursão é bem pertinente , vai de cada um , defendo a família PIC , uso arduino também , tenho um ARDUINO UNO e uso ele em pequenos testes , mas para meu projeto final eu utilizo PIC devido ao preço que eu consigo e assim melhora bastante o custo benefício e em relação ao HARDWARE o ARDUINO  ja vem prontin , no PIC vc ainda deve elabora um Hardware bom e isso não é difícil, e ainda por cima estimula o seu raciocícnio para a área do hardware que facilita muito na hora que vier os defeitos(nenhum sistema é perfeito) voçê os decifra facilmente , nesta área nossa não há sistema perfeito temos que nos prevenir sempre e se caso der errado torça para não ter danificado muito o arduino é facil de programar e suas bibliotecas estão prontas para vc usar e fazer algumas alterações , mas nada impede de criar as suas bibliotecas também, no PIC vc desenvolve praticamente tudo depende do compilador , eu uso o CCS pois acredito que seja o melhor do segmento , vc fazendo tudo vc pode decifrar e ajustar imperfeiçoes do seu sistema até os adequar para melhor lhe atender .Não vejo o porque não utlizar nenhum dos 2 mas prefiro o PIC .Tenho um programador que programa via ICSP(In-Circuit Serial Programming) que facilita bastante nas minhas manutenções pois nao preciso retirar o PIC da placa para ajusta-lo e enfim a programação é rápida e sem dor de cabeça . Então , essa é a minha opinião , bem parecida com o rap da roça fala nada com nada , mas enfim é o meu parecer .

Bom, você que tem experiência nisso, podia dar um exemplos dos PICs corelatos aos ATMEGA, para termos noção da diferença de preços entre eles.

Quando li a pergunta pensei em falar um monte de coisa... Fui ler as respostas anteriores e basicamente está tudo aih.
Então queria só complementar pelos "porquês", segundo a minha interpretação.

O aprendizado de microcontroladores nunca teve bom suporte de fabricantes. Os compiladores eram caríssimos e quase inexistentes, não haviam bibliotecas pra nada (a uns 20 anos, quando usavamos 8051 e motorola basicamente).
Nesse cenário surgiu o PIC com compiladores primeiro baratos e depois gratuitos, bibliotecas interessantes e um pseudo-fácil código. O PIC investiu em um marketing agressivo, praticamente lavando cerebros pelo mundo convencendo que quanto mais RISC melhor... Eles tinham otimo marketing e tb um ótimo produto ! Foi um sucesso. Os professores carentes tiveram agora suporte, palestras, brindes, placas de desenvolvimento baratas, IDEs para windows, etc.
O PIC foi um sucesso academico e para iniciantes, evoluiu para pastilhas mais potentes e caras, suprindo mto bem esse mercado e os hobbistas.
Enquanto isso outros desenvolvedores como Atmel (8051, ARM e AVR), Silabs (8051), Motorola, ST e a ARM (que nao é bem uma empresa) "comiam pelo centro"(="comiam pelas bordas"ˆ-1), fornecendo pastilhas para todo tipo de produto de consumo como celulares, eletrodomesticos, automotivos, etc. (ou alguem já abriu um produto "sério" de uma marca mundial com um PIC dentro ? Um sony, um panasonic, etc ? Mais facil usar Holtek...)
O PIC marcou época, teve sua época, merece meus parabens, com especial menção ao marketing.

Mais recentemente tivemos a criaçao do Arduino, que escolheu o que julgou melhor e mais barato para sua primeira versão, que é o AVR. Acredito que haja financiamento desse projeto pela Atmel, mas nao tenho essa informaçao, mas de qualquer forma foi uma otima escolha. Melhor que um RISC só um RISC com muitas instruçoes !!! como o AVR. Tb com bastante memória, flash, etc. Coisas que os primeiros PICs apenas sonhavam em ter.

Enfim, para mim Arduino é uma tendencia natural para o futuro por facilitar a vida do programador. Ele foi criado depois do Google, para quem quer soluções prontas...
Quanto a queimar mais ou menos... Digo que todos os microcontroladores quando bem usados tem vida longa. Os PICs quando mal usados tem sim uma taxa de mortalidade menor, que já comprovei na prática. Queimei meu dedo em um e ele sobreviveu. Mas isso é uma bobagem perto das desvantagens do PIC quando comparado a qualquer outro (menos holtek) nos quesitos de memória e velocidade final para uma tarefa comum.
Pra mim o PIC é um holtek bem nascido, com pai coruja.

Fico feliz por estarem em ajudando a tirar uma duvida que venho a tempos tendo. Me afundei tanto em querer aprende sobre PIC e deixei de ver o Arduino. Para mim hoje, não é que o Arduino é mais rápido em programar e sim mais fácil de desenvolver meus projetos. A grande lição que quem aprende em PIC passa muito mais fácil para Arduino do que ao contrario. Programando com PIC aprende mais a linguagem e logica de programação. Agora vamos ver o que vai sair do meu projeto e podem continuar discutindo sobre o tema que agradeço desde já a todos.

"todos falam que os PICs são muito confiáveis e que não queimam nunca"

PIC Chuck Norris?

Brincadeiras a parte, mas se alguém falou isso pra você, ele é bem desinformado ou é um vendedor desesperado da Microchip enfim isso é quase impossível ainda mais que estamos suscetíveis a diversos acontecimentos desde uma polarização incorreta um encerro de corrente em pinos Analógicos enfim.

Bom eu nunca programa PIC16FXX, PIC18FX, mas já programei para um DSPIC33FJ256GP506, legalzinho mas nunca mais mexi hehe, curto demais microcontrolador da AVR meu TCC estou fazendo com um, plataforma ARM que me chama mais atenção hoje em dia desde o ARM Cortex M4 daquele Kit Stellaris LaunchPad LM4F120 da TI.

Mas microcontrolador é microcontrolador cada fabricante irá exportor seu mercado, seu forte mas hoje em dia se eu precisar procurar algo além do que o Arduino me fornece (UNO R3 ou Duemilanove) não iria para Microchip (PIC) não provavelmente iria ver TI, Freescale, Motorola e demais.

Sem contar a facilidade para aprender programar um AVR ATMega328 usando a IDE do Arduino, e depois que você tiver querendo ir mais longe você pode instalar o AVR Studio ae ta feito.

Bom, parece que há consenso em que o Arduino/ATMEGA) é mais fácil de programar que o Pick, certo? Agora me digam: o que custa mais caro, o tempo do programador/projetista ou um chip? Na minha opinião, a rapidez e flexibilidade na programação é ouro, e programar é, essencialmente: escreve, testa, altera, testa, altera, testa... e um ciclo desses Arduino, a depender do projeto, dura segundos, ou seja, vc gasta tempo com a inteligência do projeto. Se custar um pouco mais caro usar um Garagino no seu dispositivo final, o tempo que vc ganhou usando o ambiente Arduino fartamente compensa.

Para hobistas, esse é o foco, mas se você vai desenvolver algo para vender em massa, os centavos contam bastante, não importa levar 100 horas para desenvolver para PIC, se quando você vender os produtos, vai conseguir  economizar $1000, a cada 100.000 unidades vendidas.

Concordo com vc, Maurício. Claro que se vc for fazer um dispositivo para vender em série entram  muitas outras variáveis como consumo de energia, robustez etc, incluindo claro, o preço. Nesse caso o que determinará a escolha da CPU será esse conjunto de fatores. Ainda assim o Arduino (nas versões mini, garagino e outras que estão surgindo) pode ser a melhor alternativa, mais barata porque o custo do desenvolvimento foi muito melhor e quem vai pagá-lo é a venda do produto, no caso de falarmos em algumas dezenas de unidades. Ou seja... depende, mas o Arduino ainda está no páreo.

Agora, um projeto para 100.000 unidades, bicho, poderia até bancar o desenvolvimento de um chip específico, sei lá.

De toda forma, concordamos que para prototipagem e hobismo o Arduino é a alternativa. E incluo outra, importantíssima: o uso para ensino.

Sem falar que agora que estou indo a fundo no Arduino descori o por que da falicidade também de programação. 

Tudo separado!!!!!

Portas analógicas, portas digitais, porta de comunicação, portas de PWM, ai sim!!!!

Comprei um arduino mega faz uns 4 meses para estudar aos pouco e deixa o coitado lá num canto.

AS configurações de pinagem do pic que judiam, cálculos demais para fazer, sei que é importante conhecer esses cálculos mais isso pode ser feito no dia a dia fuçando. Quando vocÊ começa com pic com exemplos  fáceis de acender led e etc vai animando mas quando começa aprofunda ai o bicho pega.

Por isso que muita gente começa no arduino, por que mesmo sendo mais fácil de programar você vai pegando o gosto por programa-lo e não se importa se precisar estudar mais.

Vamo que vamo e como sempre um agradecimento enorme a todos aqui do LabGaragem.

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