Boa tarde,

Estive procurando algum tópico ou informação na net sobre como produzir e vender equipamentos aqui no Brasil, porém nenhum material me ajudou. Minha duvida principal serial como licenciar, se necessário,  um produto que utilize comunicação RF na frequência 2.4 GHz e, além disso, como produzir aqui no Brasil equipamentos em escala industrial.

Também gostaria de saber sobre a experiencia de voces em relação a criar um produto do zero utilizando Arduino e/ou Raspberry. Quais foram/são as dificuldades e quais foram os passos até a venda.

Agradeço desde já a participação.

Rafael.

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Respostas a este tópico

Oi RP. boa tarde.

Vou falar por experiencia própria.

Busque ajuda em locais como o SEBRAE.

Entre em contato também com a ABNT para esclarecer as regulamentações de emissões de RF.

A ANATEL estabelece e certifica equipamentos nestas áreas.

Rui

Eu tô criando uma micro-empresa no ramo, ainda em gestacão: http://cyberohm.com

Maior dificuldade: falta de $$$ pra investir.

Maior facilidade: criar tudo em open-source/open-hardware e contribuir com alguma comunidade (labdegaragem, por exemplo). Inúmeros beneficios.

Olá.

  Hj em dia dificilmente vc vai realmente fazer alguma coisa em RF. Provavelmente vc vai incluir em seu produto um modulo pronto, comercial. Cabe ao fabricante desse módulo fazer sua homologação. 

  Alguns produtos não são homologados no Brasil mas são em outros países (como os produtos de internet a 900MHz), vc precisa cobrar do fabricante a Homologação para o Brasil. Se ele gaguejar é pq não consegue (fora dos nossos padrões).

  Eu nunca fiz nada comercial com o Arduino nem Rasp, só brinco... Mas mais pq nos ultimos anos tenho me didicado mais a programação PC (e a minha família) que a projetos eletrônicos. Mas nada contra eles. Acho perfeitos para iniciantes e perfeito para projetos que usam rede (Não saberia fazer isso com o microcontrolador puro). Vc descobrindo esse mundo verá que existem coisas mais complexas e mais baratas. Razão pela qual é praticamente impossível vc abrir um aparelho qualquer pelo mundo e achar um microcontrolador compatível com arduino dentro (usam Signétics, National, Samsumg, Phillips, Holtek, etc, etc,etc, mas Microchip e Atmel... Dificil. Só se for projeto brasileiro simples como alarme de carro ou controle remoto de ventilador.)

  Sobre quem monta, é fácil, tem muitos. A maioria nem site tem, não gostam de iniciantes, não gostam de aparecer. Acredito que por motivos fiscais (não vale a pena detalhar, mas estão presos num lapso legal entre a prestação de serviços (um imposto) e a industrialização (ooooutro imposto, só que pode ser zerado se vc usar artifícios)).

  https://www.google.com.br/#q=montagem%20de%20placas%20eletronicas

Boa tarde, Rafael

Na faixa de 2,4 GHz o que se usa é uma técnica chamada Spread Spectrum que é utilizada tanto pelo WiFi como pelo CDMA dos celulares. Por ser uma faixa liberada para uso de todos, ser pouco sensível á interferência é muito importante, e o Spread Spectrum tem esta característica.

Creio que Vc está pensando em WiFi, que hoje tem chips disponíveis a baixo custo. É necessário que o equipamento seha aprovado pela ANATEL, o que envolve testes em um laboratório autorizado - significa prazo e custos.

Boa sorte,

J.O.

Olá pessoal,

Obrigado pela participação de todos. É interessante saber a experiencia de quem ja passou por isso.

É dificil encontrar informações deste tipo para traçar um caminho de produção.

Eu tenho interesse em fazer um projeto comercial com o módulo NRF24L01, trabalhando na frequencia 2.4GHz, por isso estou atrás de saber o caminho necessario para poder usa-lo em produção.

Vou dar uma olhada com o pessoal do Sebrae para ver se eles podem me ajudar com isso.

Abraços,

Rafael.

Rafael, já pensou em bluetooth ao invés de WiFi? Para alcances curtos e baixa taxa de dados funciona bem e é barato.

Jorge,Um dos requisitos é montar uma rede mesh para ampliar o alcance. Então, o bluetooth não seria viável.

Mas obrigado pela sugestão.

Rafael

Tem um garagista que frequenta aqui, Alcides (esqueci o sobrenome, vou lembrar depois), que tem um servićo de fabricaćão de placas em pequena quantidade com bom preć e com ótima qualidade.

Eu estou me centrando mais em prototipagem e desenvolvimento, mas não tenho conhecimento de RF ainda e meu processo de fabricaćão ainda precisa melhorar. Hoje estou com pressa, mas vou te mostrar minhas placas num outro dia.

Outra coisa que pode fazer é entrar em contato com o Labdegaragem e se informar sobre a incubadora, foi o que fiz no início e tem ajudado muito, apesar de meus prototipos não terem atingido (ainda) o grau de desenvolvimento necessário (sabe como é, fazer ciência e indústria sem capital), mas achei uma boa alternativa também.

O SEBRAE (vou ser chicoteado por dizer isso) pra mim não funcionaria nunca: acho que eles são especialistas em dizer o óbvio, e só vou acreditar neles quando me levarem até alguém que tem um cheque bem gordo pra investir. Tô bem mais confiante em crowdfunding: http://www.kickante.com.br

Mantenha sempre o pessoal informado de como você está indo, tem muita gente tentando (como eu) transformar a garagem de casa na próxima Apple.

Eu costumo dizer que enquanto ficarmos todos pensando em competitividade vamos todos morrer na praia. Juntando forćas, trocando informaćões e até planejando coisas em conjunto, aumentamos as probabilidades de sucesso de todos.

Oi alexandre, 

Eu penso a mesma coisa, se sites como esse as pessoas se unissem em prol de desenvolvimentos de projetos em derterminados grupos que depois podem se torna um produto notavel vendavel,muitos produtos sairiam do forno em pouquissimo tempo.veja o link abaixo:

http://labdegaragem.com/forum/topics/sugest-o-de-modelo-de-negocio?...

Claro que a ideia poderia ser melhorada adequada de uma forma melhor, mas no geral, quase fui apedrejado por ter essa ideia.O pior que nao duvidaria que esta solução os chineses poderiam estar  usando com maestria gerando produtos em poucas semana.

Alexandre,

Muito boa sua opinião sobre o assunto. Eu também acredito que nós temos que se juntar e trocar experiências para facilitar a nossas vidas.

Eu não sabia sobre a incubadora do lab, mas achei interessante. Vou dar uma olhada com mais calma sobre as informações. Quem sabe rola alguma coisa.

Eu não fui ainda no Sebrae, mas pretendo ir para ver se eles podem ajudar em alguma coisa. E um crowd funding eu vou tentar quando o projeto estiver um pouco mais evoluido.

Abraço,

Rafael. 

Luis, vc tocou agora num ninho de vespas!!!!

É uma discussão antiga, sobre a regulamentaćão da profissão. Alguns têm a mesma visão que você, que seria importante regulamentar para garantir a qualidade do trabalho, e de certa forma seria o mais correto. Outros (como eu), são totalmente contra, porque no Brasil tudo o que é "juridico" não funciona. Acaba como o CREA: conhećo centenas de edificaćões construidas pelo pedreiro onde o engenheiro só aparece para dar uma "canetada" no "projetinho de prefeitura".

Além disso, a regulamentaćão jogaria para fora do mercado excelentes profissionais que não tiveram oportunidade de estudar num curso regular, criando as tais reservas de mercado.

Para jogar mais lenha na fogueira, o ensino a distância está ganhando muita forća: você tem programas excelentes como do MIT (edx.org) e outros que são um lixo.

Enfim, essa discussão é um ninho de vespas.

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