Srs,

To com uma ideia, queria ver o q acham...

Basicamente seria o seguinte:

A uns anos eu participei de um projeto usando programação para Linux para rodar no Gumstix. Eu fiz a placa, o firmware de um 8051 nela e tal, a programação Linux não... Ele tinha ajuda da Finep mas chegou a uma versão 1.0 não viável economicamente... O Gumstix é mto caro. Na epoca (2009) era o que existia de melhor...

Esse projeto gera um celular para deficiente visual.

A ideia seria aproveitar esse codigo, que tem alguns dos elementos prontos, pra criar um aparelho com:

- Leitor de cor (usando o sensor ADJD) (permite saber o que é coca e o q é guaraná);

- Leitor de distancia (usando o sensor Sharp) (ajuda a andar sem precisa pegar nas coisas);

- GPS (gosto do Locosys da sparkfun);

- Receptor FM (tem da silabs, mto bom ! I2C de um lado, antena do outro e solta audio);

- Receptor de controle remoto de portão;

- Saida para fone e entrada para microfone. Falante e mic na caixa pode ter só no contato... ligou o fone desliga o falante e o mic... Sem mixer ou outros complicadores (nos ferramos mto com isso tb);

Que poderia fazer:

- Falar onde o kra está, pelas coordenadas gps e uma base de dados que já está desenvolvida, com a maioria das redes de lojas, bancos, lombadas, etc. Criada parte manualmente e parte via tracksource.org.br

- Falar a cor de um objeto;

- medir distancias;

- Ler aquivos .txt

- Digitar textos, colocando um teclado no USB;

- Ouvir MP3;

- Ouvir radio e saber em que rádio está;

Essa versão seria mais barata, maior, mais simples, sem celular (o celular traumatizou e desmotivou totalmente a equipe do projeto anterior. Gera um ruido inacreditável !!! E telefonar nunca foi um desafio para um cego. Ele quer são as outras funções). Se for o caso pode ser colocado um conector para uma placa só do celular, que fique bem longe do circuito, com a bateria no meio ou coisa assim...

Tenho contato direto com cegos, e comentam que quem costuma fazer projetos sempre lembra das mesmas coisas como farol de transito que faz barulho, bengala eletronica, etc, mas raramente lembra de fazer coisas que ele pode usar em casa... Lembramos da bengala pq lembramos deles na rua.. Mas é o lugar onde eles menos ficam e o único onde usam a bengala...

Contras:

- O iPhone faz quase tudo isso, só nao faz o leitor de distancia.. Inclusive teclado externo bluetooth e tal, mas fazer o q ??? Não tem como não ter concorrente. Mas é um outro produto...

- O Android por hora não é concorrente. O sistema de suporta à acessibilidade dele não funciona para cegos (é para "ingles ver");

Prós:

Aprender, ajudar, colaborar, networking, e até dinheiro... Mas não contaria mto com isso.

Modo:

Totalmente aberto. Cada código gerado seria adicionado ao projeto que é publico. Sem patente, sem frescura. 

Totalmente remoto, queria fazer em casa, acho que todos que quiserem colaborar podem fazer em suas casas.

Financiamento:

Eu pago todos os custos com placas, confecção de placas, etc. Teria que ver se sobra algum para quem for fazer programação... Negociável.

Produto em sí:

Seria uma placa que se conecta ao RPi, mecanicamente compatível, com os elementos eletronicos que faltam pra completar: Leitor de cor, receptor fm, teclado simples, bateria, carregador de bateria, fontes, receptor controle remoto, e um microcontrolador simples para fazer o controle desses perifericos. Ele é importante pq alguem precisa ficar acordado para ligar e desligar o RPi, alem de facilitar, sei lá, se me convencerem pode ser eliminado.

Seria uma caixa com um teclado na tampa. Pode ser vendido com ou sem o RPi.

Ah, o tal receptor de controle remoto seria para poder deixar a caixa no bolso, mochila, pochete, sei lá, e ser controlado por um chaveirinho que pode ser preso na bengala. Isso ajuda indiretamente pq se perde a necessidade de miniaturização.

A proposta seria ter 6 teclas: cima, baixo, esquerda, direita, esc e enter. Ouras funções como o power seria por tecla que tem que segurar ou combinações.

Não tenho compradores em vista, mas tenho 3 usuários já querendo uma doação !!! ehehehe. Melhor que nada... Eles poderiam ajudar. Um deles é programador profissional (apesar de cego).

Frutos:

Não pretendo e acho que ninguem conseguiria ficar rico com um projeto desses mesmo. Se alguem quiser comercializar vai ser otimo. Eu nem faço tanta questão, ficaria feliz se ele simplesmente existisse. 

Poderia ser um trampolim para outros projetos, não é difícil conseguir midia para esse tipo de coisa...

 

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Respostas a este tópico

Na minha opinião você deveria acrescentar uma câmera a eu itudo.com uma câmera serial ligada ao rpi da para substituir o leitor de cor,reconhecer cédulas,medir distancia(com algum codigo de apoio). Você também poderia usar um receptor de radio freqüência que também capte sinais de tv.

Eu sei que normalmente cameras são caras, mas tambem sei  que não e preciso uma grande resolução para esse projeto e que provalmente bastaria um sensor otico de 9 dolares.

Boa, poderia ter tb uma camera.

A questão do leitor de cor seria cor com contato. A ideia seria encostar nas coisas e falaria a cor. Por ex saber se a blusa é azul ou branca... As cameras não funcionam tão de perto. Mas acho que poderia ter os 2.

Já TV sei lá, se o receptor de FM trabalhar com frequencias de TV poderia ter o audio, mas na minha ideia não teria display. A aplicação seria toda usando sintetizador como saída e teclado como entrada.

Nada contra derivar o projeto para outras utilidades, incluir um conector para LCD que seja para debug...

Ou mesmo aceito sugestões de cartões que rodem linux e que possam rodar legal um sintetizador sem precisar ser necessariamente tão potente quanto o RPi. 

Sei que já escrevi demais, mas não aguento...

Quando o projeto foi idealizado o cenário era o seguinte: Tinhamos celulares cada vez menores e mais potentes. Se destacavam aqui o Nokia N95, os motorola sem sistema operacional e os blackberry. Existiam mais alguns mas nada de Android e Apple. Já lá fora existia o iPhone, mas não era "moda" aqui.

Os celulares tendiam a encolher. 

Hoje existe uma tendencia oposta: Os celulares estão crescendo, e muitas vezes deixando de lado a função de celular, como é o caso dos Tablets.

Isso é muito bom para a proposta do projeto. Pq sem o modulo celular a bateria já dura 4x mais (ou mais), alem de podermos ter outros limites de tamanho. Mesmo sem telefonar o modulo celular fica trabalhando e gastando...

Ninguem quer por um tijolo na orelha, mas não se incomoda de usar no colo. No caso como não precisa de display pode ficar no bolso, coisa assim. O Raspberry certamente comportaria um minusculo adaptador bluetooth, permitindo o uso de teclados e fones sem fio.

O cego ia ficar mto chique com um fone sem fio e um teclado numa sala de aula fazendo suas anotações. Isso hoje só é possivel com um notebook ou um produto da Apple. Mas eles não foram criados para essa finalidade, então tem suas limitações para os cegos. Fora uma solução eletrônica as outras 2 possibilidades para o cego seriam a maquina braille, que pesa no minimo 3Kg (fora o barulho) ou gravadores de voz. Que não é a mesma coisa, pq vc precisa ficar dando pause e dificulta a organização. Escrever com uma reglete (aparelho manual de braille) é umas 5x mais lento que a escrita manual... Não funciona... Já escrever em um teclado bom pode ser 3x mais rápido que escrever à mão (chute)..

Sobre o receptor de tv a idéia e so receber o audio dos canais,seria bem interessante utilizar uma camera pequena presa na roupa do deficiente.A respeito da velocidade de digitação deficientes visuais conseguem digitar bem rapido mesmo em teclado comuns.

Seria ótimo, poderia ser uma camera USB, assim cada um coloca a que quiser, tem umas bem pequenas para notebook, etc. Poderia ser até um projeto à parte a questao da camera... Teria como fazer mta coisa como falar as cores, falar se ha movimento. Cego nao gosta de nao saber se a pessoa a sua frente saiu etc. Saberia que por ex "deslocamento azul para a direita".

Legal.

Eduardo, boa noite...

Chegou meu raspberry, penando pra achar a fonte, finalmente consegui ligá-lo hoje e brincar um pouco.

Estou enloquecido hehehe

Bom, comprei ele porque, como fisioterapeuta, pretendo desenvolver produtos para os deficientes, tanto para ser um modo econômico de vida, mas também para contribuir em larga escala, para a melhoria da qualidade de vida deles.

Este agora criando um protótipo, mas voltado mais para deficientes físicos, com dificuldades de andar e mãos prejudicadas para manusear objetos pequenos como controles remoto.

Este projeto que vc descreveu, para cegos, apesar de não ser diretamente o que estou fazendo, tem muita relação, e me interessa muito.

Além disso, a oportunidade de aprendizado seria impagável.

Vc fala de qual cidade?

Abs

Parabens! 

Apenas, para contribuir!

 

Foco... Já são muitos itens que o Eduardo sugeriu. Umas das principais dificuldades para "criadores" é manter o foco. Sugiro que pessoas se escalem e "tomem conta" de uma parte do projeto... assim, saberiamos que esta fazendo o que para que não haja tempo perdido.

Pode contar comigo, vou começar a procurar o leitor de cor...

Legal.

Bom, estou em São Paulo, na Mooca (Bairro perto do centro).

Quanto ao foco, concordo plenamente. A ideia é ouvir o cego antes de agir para saber se será mais ou menos importante pra ele. Como tem topicos bastante independentes pode ter um menu que dispara inclusive vários executáveis diferentes para as mais diversas funções... Inclusive o menu pode ficar falando o nome dos executáveis de um diretorio. Basta incluir um arquivo para ter uma nova função no menu !

Antes ainda, algumas definições:

Nome do publico alvo: "Cego". Pelo menos por aqui eles preferem em relação à "Deficientes visuais" assim como baixos não são deficientes de estatura e tal... Agora piorada a questão pq eles querem se diferenciar de quem tem cegueira em um olho... Que não é cego mas sim deficiente visual, e está "roubando" as vagas dos cegos na questão das cotas.

A ideia é focar no fácil e interessante. Soluções mirabolantes que darão resultado em 3 anos não são tão interessantes quanto soluções simples, indisponiveis hoje e que saiam em 6 meses...

O que o cego gostaria de ter e não tem:

- Radio que fala o nome da estação;

- Tocador de MP3 que fala o nome da musica, cantor, etc..;

- Gravador de audio que fala tudo sobre o arquivo, como posição em segundos dentro dele, nome do arquivo, etc.Hj todos são com display e só mostram as informações no display;

- Leitor de cor - Tem no mercado, seria mais pra deixar completo, não é uma exclusividade.

- Sensor de distancia com som rápido, com som como "river raid" ou "sabre de luz do jornada nas estrelas"

- Conexão para teclado desk USB comum, barato. Referencia: Dell Quietjet (o teclado mais presente no mundo pq vem (ou vinha) junto com os Dell).

- Calculadora;

- Leitor e editor de textos tipo notepad, que possa soletrar, ler palavra, avançar palavra, paragrafo, pagina,capitulo, arquivo, etc. Tudo na ponta dos dedos. Hj existe uma norma pra isso. Vide: http://en.wikipedia.org/wiki/DAISY_Digital_Talking_Book que rola nas setinhas. Seta movimenta pelas palavras. Control seta frases, alt seta paragrafos, coisa assim. E barra de espaço é play/pause. Com isso um cego acha qq coisa em um texto mais rápido que quem le.. duvida ??? Mas o processo é esse, o formato pode ser TXT e pronto. Não precisa ler o formato do Daisy, pq ele é meio proprietário e desnecessário, envolve coisas como DRM... 

Veja que Braille não é citado em lugar algum. Serve para cardápios e material com até umas 3 páginas. Foi totalmente substituido pelo PC+Leitor de tela.

Nessas, poderiam ser feitos os "apps": FM, MP3, Editor, Leitor, etc, etc, etc... E só jogando no mesmo diretorio já temos um produto ! 

Pra por tudo isso em um ftp simples como um diretorio que tem um monte de arquivos por ex Leitor.zip, Leitor.txt, calculadora.zip, calculadora.txt. Aih ele quando conectado na internet faz um findfirst e lista pro cego todos os arquivos .txt disponiveis. Ele rola, escolhe um e ouve o conteúdo. Gostou tecla algo que faz o download e poe lá na pasta do meno. A cegostore ta feita !!! Tudo pode ser muito simples !

Eudardo, como vc acha que posso contribuir? Como é sua idéia de desenvolvimento compartilhado? Reuniões presenciais com montagem do circuito, ou apenas discussões teóricas acerca do tema?

Abraços

Pessoal, fiz um projeto de faculdade que se alguem precisar de ajudar... pode entrar em contato comigo.
http://www.palhocense.com.br/on-line/variedades/alunos-de-ph-desenv...

Mto legal seu projeto !

A ideia é essa mesmo.

A diferença da minha proposta seria basicamente que no lugar de ser comandado por voz seria comandado por um chaveiro do tipo portão de garagem, preso no cabo da bengala.

Tenho contato com deficientes visuais e o que foi me passado é que a bengala não pode ser tirada dele quando está na rua. Faz parte do "kit cego" que permite que ele esbarre sem que as pessoas xinguem. Ainda, a bengala precisa ser batida no chão para funcionar. Poucos hardwares sobreviveriam a vibração. então a ideia de por os botões na bengala mas o hardware principal ficar no bolso foi praticamente a que sobrou.

Pretendo fazer ainda nesse semestre uma plaquinha com leitor de cor, receptor de controle, teclas bem basicas (umas 6), sensor de distancia ultrasom e radio FM (pedido do ceguinho). Já que MP3 já tem, para ser ligado ao raspberry. Aih adaptar um codigo que já tenho pronto pra fazer tudo isso.

Que platafaorma vcs usaram ?? (microcontrolador) e o que é um "Aluno de PH" ? Não entendi a sigla.

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