Bom dia a todos.

Estou montando um circuito que utiliza um componente muito sensível a tensões mais altas do que o tolerado, no datasheet.

Se trata de um módulo um pouco caro e já tive a infelicidade de perder um.

No caso o que gostaria e de proteger o módulo em caso de curto em outro estágio do circuito, e no caso de por ventura vier a ter alguma sobretensão (falha no regulador ou algo do tipo).

No caso o módulo trabalha com tensões de 3.3v com margem de +0,3v ou -0,3v e com uma corrente máxima de 150ma.

Como encontrei dificuldades de achar um varistor que trabalhe na faixa de 3.6/9V, encontrei um circuito com diodos zener.

No caso no circuito demonstrado abaixo coloquei um fusível de 200ma e 5 diodos zeners de 3.9v em paralelo.

Na simulação no proteus ele desarma (queima o fusível) ao chegar na casa dos 4v.

Enfim, gostaria se possível claro, da opinião de colegas mais experientes, quanto a viabilidade e eficiência desse circuito. 

Eu moro em uma cidade de interior e tenho uma certa dificuldade em encontrar e comprar componentes. 

Por isso utilizei o circuito acima (no proteus), pois são componentes que tenho em mãos.

Agradeço antecipadamente a todos que puderem dar uma opinião.

Obrigado.

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Olá! Na minha opinião, a proteção com os zeners e fusível seria mais efetiva na entrada dos reguladores, a não ser que seu circuito possa receber tensões de outros pontos e elevar o potencial na saída do regulador, não há como a tensão de saída aumentar... Um curto-circuito na saída do regulador faria ele ativar a proteção contra curtos (que a maioria tem) e assim a tensão cairia a zero. Ou ainda você poderia colocar apenas um zener próximo ao pino de alimentação do respectivo CI, isso já é suficiente para ceifar a tensão em 3,6V (lembre-se que serão 3,6V, não 3,3V).

O papel dos zeners em paralelo é o mesmo do diodo TVS, pode parecer um componente difícil de achar, mas é peça de reposição em equipamento eletrônicos, então deve ter em algumas lojas, o duro é achar o código certo... 

Entendi.

Então segundo sua sugestão colocaria apenas um zener de segurança próximo a alimentação.

Caso a tensão esteja na faixa correta de 3.3v o zener (de 3.6v) se comporta como um diodo normal e não ha corrente pelo mesmo.

Ficando ele apenas como uma proteção extra.

Quanto ao fusível você recomenda apenas na entrada de cada regulador em vez da saída como falei.

Me surgiu uma dúvida. A corrente que segue na saída, não seria a mesma da entrada? Se for, acho que seria indiferente na entrada ou na saída (o fusível).

Outra dúvida, nesse respectivo circuito que estou montando, existe um módulo que consome até no máximo 200 ma, tem outro módulo que pode consumir em casos extremos 300 ma. Seria interessante um fusível para cada módulo ? Tipo se por ventura, uma vier a falhar (entrar em curto), o fusível próximo a ele abria, e daria uma chance maior de sobrevida aos restantes.

Estou meio sismado pela proteção, pelo fato de ter montado algumas versões desse mesmo circuito, e a pouco tempo, tive um prejuízo até razoável, por conta de um dos módulos entrar em curto e levar os outros.

Evandro muito obrigado pela atenção.

Vou te dizer uma coisa, se cair um raio acho que não tem circuito que vai proteger a sua fonte. 

Talvez colocando proteção na tomada da fonte. 

Mas o circuito da rede precisaria ter o pino terra, para descarregar a sobretensão causada por um raio.

Assim o máximo que poderia queimar é a fonte e não o seu circuito.

Então, é que você citou que o circuito é sensível a sobretensões, o fusível atua em conjunto com os zeners de forma que, quando a tensão sobe, o zener drena mais corrente e queima o fusível de propósito, protegendo o circuito. Outros dispositivos que realizam essa função em conjunto com o fusível são o varistor, o TVS, o DIAC, o tubo de descarga (GDT, ou lâmpada de neon se não me engano). Cada dispositivo atua de uma forma, fazendo o "crowbar" (curto-circuitando a entrada para aumentar a corrente e queimar o fusível) ou "clamping" (mantendo a tensão estável drenando mais corrente durante a sobretensão).

A melhor proteção seria uma associação, o TVS (ou zener) para as variações menores e um DIAC para variações maiores.

Eu disse que a proteção seria mais efetiva na entrada (conjunto zener+fusível), pois é onde há risco de sobretensão, como o José Gustavo disse, vindo de um raio por exemplo (mesmo que um raio seja difícil de segurar...). A outra opção é o zener próximo a alimentação, se é que há algo que possa elevar a tensão pós-regulador, isso é uma das coisas feitas para proteger pinos de GPIO de microcontroladores que podem receber tensões acima das nominais.

Ótima explicação dos dois.

Obrigado.

Tu conseguiste montar um circuito eficiente de proteção para essa fonte. Estou com o mesmo problema. Tenho um módulo Xbee muito sensível que também já tive a infelicidade de queimar um. Se puderes compartilhar eu ficaria muito agradecida.

Abraço!

Samara acabou que não adotei, tal proteção com o zenner. O que fiz no meu circuito foi adotar duas fontes de alimentação distintas para ambos os circuitos de 3.3v. Acredito que foi uma media um pouco extrema, mais está funcionando ate hoje bem sem nenhum problema. Analisando depois o que veio a fazer o meu circuito anterior a queimar, foi que a fonte de alimentação do circuito original não tinha a corrente suficiente (tinha usado um único regulador que suportava segundo o datasheet, até 0.8 ma), por algum motivo um dos módulos dava uns picos que ultrapassava essa corrente. Acredito que o módulo que dava os picos estava defeituoso, só que num desses picos fez com que apresentasse um curto e acabou levando os dois módulos. Em fim por segurança separei em duas linhas de alimentação distintas. 

Olá Vitor

Minha opinião, é que o circuito como esta vai dar alguma proteção, e quanto mais elementos colocar, maior a chance de falhas no projeto, as descargas atmosféricas e outros tipos de descargas decorrentes de perturbações EMI, seja nos condutores, seja pelo ar, são na realidade imprevisíveis, acho que você fez sua parte, o resto é pedir para não ser afetado por coisas que não podemos controlar, mas ainda se tem tanta dificuldade em conseguir componentes, mas nos dias de hoje, pode demorar um pouco, mas via internet pode-se obter quase tudo.

Boa sorte!!

Abs.

Verdade, hoje em dia compro quase tudo pela internet, o problema são os fretes.

As vezes pago mais frete do que o preço da mercadoria. 

Vez por outro o bicho pega num final de semana, dai o jeito é improvisar aquela associação maluca de resistores em série e paralelo para adquirir um valor aproximado rsss.

Verdade, quem já não passou por isso que atire a primeira pedra, ou que atire o primeiro BIT? rsrsrsrs

Abs.

Obrigada pelo compartilhamento da experiencia Vitor! 

Uma outra ideia seria usar um resistor bem baixo, que gere uma perda desprezivel sob 150mA. Por ex 10R.

E em paralelo com a carga colocar vários diodos comuns. Por ex 5 de 0,7V.

5 x 0,7V = 3,5V. Ou seja: A 3,5V eles conduzem. 

Vamos supor que a fonte de um pico de 4V. Os 0,5 que sobram caem sobre o resistor, que não chega a queimar.

Particularmente para tensões baixas prefiro diodos comuns a zenners pq os zenners tem joelhos arredondados, ou seja: Antes de chegar na tensão de zenner eles já começam a conduzir. Os diodos comuns são mais faceis de encontrar, joelhos mais afiados e mais baratos. 

Convém só usar diodos com queda de tensão bem definida e conhecida pra fazer os calculos. Nesse caso chutar 0,6 ou 0,7V não dá. Tem que saber.

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