Respostas a este tópico

Permalink Responder até Almir Bispo dos S.Filho em 14 junho 2013 at 16:42

As pessoas devem escolher entre fazer o que gosta ou fazer o que dá dinheiro.
Algum sortudo (ajudado por um milagre divino),poderá achar os dois no mesmo pacote.

O engenheiro Brasileiro é na verdade um gerente.O engenheiro que desenvolve (ganha pouco).

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Permalink Responder até Jonatas Freitas em 14 junho 2013 at 18:29

"O engenheiro Brasileiro é na verdade um gerente.O engenheiro que desenvolve (ganha pouco)."

Excelente! Não é a toa que o Eng. mais valorizado atualmente é o de Produção.

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Permalink Responder até José Neto em 14 junho 2013 at 17:29

Estou terminando o esino medio, vou tentar fazer o vestibular da UF-SC para gruduação em Engenharia da Computação

e tenho as mesmas duvidas...Creio que o curso é bom,pelo menos para quem gosta. Prentendo trabalhar na parte de automação ou algo parecido, escolhi o curso mais por eu gosto, não dei muita bola para o sálario, mais creio que o salario é agradavel...

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Permalink Responder até Jonatas Freitas em 14 junho 2013 at 18:29

Mercado (RH) ignorante!

Vamos lá...o papo vai ser longo.

Pra quem não sabe, sou eng. de computação recém formado (recebi o grau no último mês de fevereiro).

Área de foco em carreira acadêmica: Automação, robótica e telecom.

Experiência:10 anos de TI (infraestrutura), 4 de Telecom e 2 de automação (embarcados e CLP).

Voltando ao assunto:

"ART 1º - Compete ao Engenheiro de Computação ou Engenheiro Eletricista com ênfase em Computação o desempenho das atividades do Artigo 9º da Resolução nº 218/73,acrescidas de análise de sistemas computacionais, seus serviços afins e correlatos."

Fonte: Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia RESOLUÇÃO Nº 380/93.

Por sua vez:

Art. 9º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DE COMUNICAÇÃO:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de comunicação e telecomunicações; sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços afins e correlatos.

Fonte: Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia RESOLUÇÃO Nº 218/73.

Ou seja, somo visto pelo sistema CONFEA/CREA pelo que fotos treinados pra ser: Engenheiros Eletrônicos com Competências de analista de sistemas. Pra quem não percebeu ainda, Engenharia de Computação é Eng. Eletrônica (ART 9º da 218/73) + Ciências da Computação.

OK, essa é a nossa formação e essas são as nossas habilidades, pois estudamos pra isso, tanto Linguagem de Máquina, Analise Matemática de Sinais, FPGA, Sistemas Embarcados, Eletrônica Analogica e Digital,... quanto Inteligência Artificial, Sistemas Operacionais, Banco de Dados, Compiladores, Engenharia de Software,...

MAS aí você tá la, formado, carteira do CREA na mão, sorriso na orelha, e vai fazer a sua entrevista de emprego:

Vaga1: Programador de Microcontroladores C/C++. Requisitos Engenheiro Elétrico/Eletrônico.

-Opa! É minha área. E você manda o currículo tendo certeza que está no páreo.

No outro dia (ta, 3 meses depois) recebe um e-mail falando que você não foi aprovado por não cumprir o requisito de formação em eletrônica, uma vez que você é formado em computação.

Aí você educadamente manda as resoluções por e-mail, tenta explicar pro responsável de RH que o Eng. de Computação é um Eng. Eletrônico com algo mais, e recebe uma resposta ignorante do tipo: "ta querendo ensinar o meu trabalho?"

Vaga2: Processo de seleção para trainee, área de atuação: Robótica e Sistemas Embarcados

-Agora vai!

Tolinho... repete a mesma história, falando que TEM que ser eng. eletrônico por causa do CREA (atribuições).

Santa ignorância batman, e olha que eu enviei a resoluções em anexo ao currículo.

Vaga3,4,5,6....

Ou seja, tu só vai ser contratado com engenheiro de computação se quem estiver fazendo a seleção for da área (o que só acontece em empresa pequena). Daí pra frente te resta 3 opções: Abrir empresa , ser Prestador Autônomo (atualmente meu caso) e a mais comum: Ser contratado como Analista de Sistemas.

Analista não tem piso, então salário inicial é na casa dos 2500,00. Tu vai ser contratado como um PROGRAMADOR COM ENGENHARIA, pois é assim que o mercado profissional Tupiniquin vê o engenheiro de computação.

Infelizmente uma das profissões mais valorizadas no mundo, e não atoa porque só quem fez Eng. Comp. em faculdade séria sabe que não é "um passeio no parque". Mas em terras de Michel Teló, Nerso da Carpitinga e Neymar, se você esperar pelo RH de empresas, será somente mais um "cara de computação".

No momento optei por continuar como autônomo pois, mesmo ainda sendo recém formado, estou sendo mais valorizado que estaria nas propostas que surgiram. Pretendo continuar nessa ocupação até surgir alguma empresa que valorize minha formação, pois não vou me prostituir profissionalmente como muitos colegas fazem (esses que você citou). E nem to falando de salário.

A causa disso tudo? Eu vejo alguns problemas no processo e falo como opinião pessoal.

1- Sistema Crea/Confea é voltado pro Engenheiro Civil. Para as demais câmaras há um sistema bem definido, então está cheio de gente fazendo serviço de engenharia sem ser engenheiro. Automação de Prédios, Equipamentos para medicina, etc, etc... Até tem UM Técnico Responsável, mas é Brasil, onde enfermeiro faz papel de médico em posto de saúde.

Falta a Câmara de Eng. Elétrica do Sistema CONFEA/CREA se mexer nesse sentido. Os 20 anos da resolução 380 poderiam ser bem aproveitados.

2- Falta de uma representação da categoria de Engenheiro de Computação. CREA não tem obrigação de defender profissional e sim a sociedade (como eles deixam claro). Sociedade de Computação até nos aceita, mas como Analistas de Sistemas que sabem resolver equações diferenciais. Sim, a SBC é muito restrita em Desenvolvimento de Software e TI. Quem mexe com hardware e visto como "um estranho no ninho".

Sindicatos de Engenharia?! Fala Sério! Nem os eng. eletrônicos e de telecom tem um de peso, quanto menos nós que existimos a apenas 20 anos.

3- Falta de informação do profissional e flexibilidade de RH. Tenho conhecidos da área e quando expliquei o que o Eng. de Computação faz e quais as diferenças e semelhanças com os Cursos de Ciências da Comp. e Eng. Eletrônica a resposta foi um tímido: "Eu não sabia que podia...".

4- Espertalhões que querem contratar você como Analista, pra poder pagar menos que o piso de Eng. mas pedem pra você assinar aquela ART escondida na gaveta.

5- Profissionais que se prostituem, movidos pelo medo de desemprego, caem no golpe dos espertalhões e aceitam salários vergonhosos até para nível técnico. Estes também são ignorantes e não sabem da responsabilidade que é assinar como RT para uma empresa.

Bem... Falei demais já... e basicamente é por isso que você tem tanto engenheiro de computação atuando como Analista de Sistemas, ganhando menos que o piso, sem registro no CREA,...

Recomendo a Engenharia da Computação pra quem gosta mesmo da área. Mas tenha certeza que ou você se impõe ou vai ser apenas mais um "Carinha da Computação". Se você não tem esse perfil, melhor fazer Ciências da Computação para mexer com Desenvolvimento ou Analise de Sistemas para mexer com Gerência.

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Permalink Responder até Jonatas Freitas em 14 junho 2013 at 18:48

* que fique claro que as comparações entre as carreiras de Ciências e Eng. de Computação não foram com objetivo de desprestigiar os colegas Analistas e sim destacar as diferenças e a respectiva valorização desse diferencial.

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Permalink Responder até Eduardo em 15 junho 2013 at 0:14

Belo post, mto bem colocado !

Já discuti com o pessoal do CREA algumas vezes. Participei de um conselho do SENAI para discussão de ementa curricular e sempre mandam alguem do CREA. Até descobrir, lá pela terceira reunião, que era um advogado... Vai vendo...

Penso que o crea entende que tem a funçao de recolher a anuidade dos socios, recolher as ARTs e verificar se as obras de engenharia que sofreram acidentes que sairam na midia tinham ou não as ARTs pagas. ART paga=regular, sem ART=irregular.
Como a área de civil gera mais ARTs e os engenheiros da área tem uma taxa de adesão maior em funçao da maior obrigação eles privilegiam discaradamente os civis. Para os outros só é cobrada mesmo a anuidade, quando sobra tempo.. Eu mesmo fiquei um tempo sem pagar, quando fui dar aula é que recebi uma cartinha desagradável falando que estava exercendo ilegalmente engenharia e precisava imediatamente entrar em contato e tal. Nem me conbraram os anos anteriores, paguei só o corrente e depois nao deixei mais de pagar.. Nao custa.
Inclusive nessa época minha briga era por ter feito um curso chamado Engenharia Eletrônica e ter recebido um diploma escrito "Engenheiro Eletricista" com o "enfase em eletronica" bem pequeno. ELETRICISTA é quem mexe com força !!! Enfim, nao deu em nada. Depois fiz mestrado que achava que seria atualizado para Mestre em Sistemas e Dispositivos Eletronicos... Fui lá pedir e novamente não ! Só tem direito a grafar um mestrado certas categorias como segurança do trabalho e nao sei mais oq...
Daí desisti !
Inclusive desisti do "sistema" como um todo. Tenho "teorias da conspiraçao" contra praticamente todos os "sistemas" como o bancario, seguros, etc... mas aqui nao é o lugar nem o momento pra falar disso.

Fato: O Crea só quer sua anuidade. Quem escreveu o texto é civil ou advogado, não sabe e não quer saber a diferença de um curso pro outro.

A visão do empregador, quanto à engenharia, vem de algo como é visto no filme KarateKid, onde o professor manda o aluno limpara a janela com movimento circulares para a direita com a mao direita e para a esquerda com a mao esquerda... Na engenharia as engrenagens vao se encaixando. Vc aprende uma coisa que nao sabe pra que serve e depois, em outra materia, descobre, tudo vai se encaixando, ou deveria... E o indice de complexidade extrapola seus limites a cada momento. Vc chega num limite, que é superado no mes seguinte, no outro, nao pode ser mais dificil, mas fica ! E vc sobreviveu !
Para o empregador quem passou por esse ciclo tem capacidade para sobreviver na rotina dele, já passou por coisa pior, já aprendeu muita coisa que nao sabia pra que servia, vai achar fácil por mais dificil que seja.
Por isso engenheiro da bom gerente !

Voltando a sua questão, diria que esse trocadilho com os nomes dos cursos realmente é uma droga. Só serve pra ferrar vc e o kra vai te contratar ou não mesmo se no teste do desenho as suas maças eram grandes em relaçao à raiz da arvore...

Hoje me sinto totalmente fora de muitos dos sistemas ! Me sinto realizado ! Sei ouvir um jornal, sei ouvir um gerente de banco, sei que o que é dito esta programado para dar mais lucro pra alguém e esse alguém não é vc !

Só uma, vai, se for o caso em outro espaço podemos discutir isso: Banco central vendendo dolar para baixar o preço... Vc pensa: Ainda bem que tem o super banco central, coitadinho... Está salvando o Brasil ! Que nada ! Eles vendem quando está alto ! E compram quando está baixo ! Só isso ! Eles são os maiores investidores de dolar do pais. Isso dá lucros fantásticos. Se quiser ganhar dinheiro é só copiar eles ! E pra fechar a receita copiar barrado as noticias da bolsa. Bolsa no pico negativo = todos chorando = hora de por dinheiro na bolsa. Todos festejando o pico da bolsa ?? Hora de tirar !!!

Voltando dnovo... Mas nao na parte de qual curso e sim entre ser empregado ou empregador (empreendedor).

O segredo da felicidade eu nao sei, mas posso sugerir algumas receitas que já vi dar certo:
- Ser empreendedor: Ter feito engenharia vai te ajudar muito, vc sabe montar planilhas de custo, folha de pagamento, lidar com pessoas, contas a pagar, pagar boleto, escolher pessoas pra contratar, escolher pessoas para demitir, saber que te puseram no pau, cobrar pessoas, pagar pessoas, chegar mais cedo, nao ter hora para ir dormir, levar serviço pra casa, conferir se estao te roubando algo, ler contratos, escrever contratos, dizer não na hora certa para clientes, dizer não na hora certa para funcionários, calcular prazos, olhar o calendário, nunca ter ferias, interagir mantendo distancia vertical com os funcionários (se baixar ele monta !), calcular preços de forma a ter algum lucro sem perder vendas por ser careiro, calcular impostos, não saber se naquele mes vai precisar desaplicar ou vai ter algo pra aplicar, reclamar que queria exercer engenharia. Sim, essa é a rotina de um empreendedor. Mas essa receita dá certo pra muita gente.
- Ser funcionário: Bater cartão, ser cobrado por pessoas, ficar indignado com o que recebe e o que tem que produzir pra isso, olhar o relogio, pensar nas férias, ter férias, calcular com quantas prestaçoes consegue comprar alguma coisa, interagir amigavelmente com os colegas (nem sempre), etc, nao preciso detalhar pq é de conhecimento geral.
- Ser Freela. Algo como o empreendedor, mas com pequena escala.

Enfim, foca na felicidade pq é isso que importa. Qualidade de vida é uma coisa complexa, dinheiro é apenas um dos elementos. O nome do curso é um mero detalhe. Os melhores empregos são conseguidos por indicação: Foca nas boas amizades (networking). Vc não pode é virar um zumbi que corre atrás de dinheiro e esquecer de ser feliz.

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Permalink Responder até Fellipe Couto em 15 junho 2013 at 1:01

Discordo do que li entre fazer o que gosta OU fazer o que dá dinheiro.

Ganhe dinheiro fazendo o que gosta! Vivo assim.

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Permalink Responder até Wiechert em 15 junho 2013 at 1:31

Olá a todos,

Não importa oque os outros acham, sobre o seu trabalho, descubra aquele te fará feliz.

“Escolha um trabalho que ama e não terá que trabalhar um único dia em sua vida." (Confúcio) 

Abraço a todos.

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Permalink Responder até Almir Bispo dos S.Filho em 15 junho 2013 at 2:24

Boas colocações de Jonatas e Marcondes.

Certo dia ouvi no rádio a entrevista de um presidente de federação de indústria dizendo que muitas vagas em tecnologias no Brasil estavam em aberto por que segundo ele não existem pessoas qualificadas para o cargo.Ao ouvir isto,comecei a duvidar pelo simples fato que trata-se de coisas onde conheço varias pessoas competentes da área.

(Pensei comigo mesmo:Não seria uma Conspiração ?).

Continuei a investigar e descobri um concurso publico federal onde podem participar brasileiros e estrangeiros.Neste concurso é exigido do brasileiro que ele possua empresa ,enquanto ao estrangeiro ,não.Percebi isso como algo estranho...

Poderia ser alguma conspiração mesmo,porém ,não sei qual o critério adotado.

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Permalink Responder até Jonatas Freitas em 15 junho 2013 at 3:43

Almir, a questão é simples.

Estão precisando de engenheiro? Estão!

Mas querem te pagar o salário de um técnico.

Serviço de Engenharia é uma via de mão dupla. Tu assume a responsabilidade pelos serviços realizados e a empresa te paga por isso.

O cara que assina um "projetinho" de torre de internet a rádio as vezes nem sabe que por um ano ele vai ser o responsável por aquela torre, mesmo que ele não a tenha visto nem pelo GoogleMaps.

Como tem colega, principalmente recém formado que ainda não tem senso de responsabilidade, os salários estão baixos. Prostituição profissional tem em qualquer área.

Esses dias recebi um anuncio de uma empresa que exigia engenharia eletrônica ou de computação e Registro no CREA(ou seja, quer que assine como RT) com um salário de 1400 reais. Piada! Esse empresário daqui a pouco ta em uma entrevista no jornal hoje falando que não acha mão de obra qualificada. Quem pode corre pra área não relacionadas a engenharia ou abre empresa pra se manter na área. E assim, se alimenta o ciclo.

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Permalink Responder até Jonatas Freitas em 15 junho 2013 at 3:29

O que os colegas complementaram já seria suficiente pra "fechar a conta".

Perfil Técnico:

O engenheiro/técnico de nível superior (vulgo: tecnólogo) é bem visto nas outras áreas justamente pelo seu modo de pensar. Você vai encontrar engenheiro trabalhando em banco, mercado financeiro, administração de empresas, vendas,...E não é só porque “Só muda o que você está somando” como dito por um engenheiro espacial no filme Margin Call.

Aquelas derivadas, integrais, diferenciais monstruosas, matrizes inversas e tudo mais que sempre achamos que não usaríamos pra nada, além de realmente usarmos, serviram pra mudar a nossa maneira de ver o mundo.Um bom engenheiro em um grupo de trabalho, seja qual for o objetivo, sempre vai ter um: E SE...

A maioria dos engenheiros de computação que trabalham como Analista vão acabar fazendo pós em Gerência de Projetos e assumindo a função de gerente em fábrica de software. O que for pra área de T.I. também acabará chegando ao cargo de diretor de T.I e trabalhando mais com papeis e planilhas do que com computação. Vai do seu perfil.

Crea:

Sistema CREA/Confea você vai ver quando mexer com agência reguladora. Por exemplo, se produzir algo com WIFI, mesmo que usando um breakout Bluetooth, um shield Wifi ou GSM, verifique se precisa de registrar na ANATEL. Se precisar, a tia ANA vai querer o comprovante de ART. Aí sim, CREA neles. Quem mexer com provedores de internet (SCM) acaba tendo um convívio maior também. Mas fora esses casos, pro CREA, você é só mais um dos que pagam anuidade.

Se a agência reguladora (anvisa, anatel, aneel,...) não exigir ART, não vai ter fiscalização. Por isso tem muita empresa com Atividade Principal na área de Eletrônica desenvolvendo sisteminhas feitos na gambiarra, por cara sem conhecimento teórico (a ponto de não saber a diferença entre corrente contínua e alternada), nenhuma preocupação com norma técnica (ABNT pra ele é formatação de trabalho escolar ou configuração de teclado no windows), nenhuma preocupação com segurança,...enfim, nenhuma responsabilidade.

Mestrado:

A questão dos títulos, é o que o Eduardo falou.

Não é porque o nome do seu curso de mestrado tem engenharia no meio que você vai conseguir colocar lá na sua carteirinha do CREA. Eu mesmo, abandonei a ideia de mestrado por enquanto e vou partir para o segundo título (eng mecânica e eng. agrícola), por ser mais útil ao tipo de empreendimento que pretendo. Quem sabe futuramente até faço um mestrado, mas sem fins profissionais.

Profissionalmente falando, se você não pretende ser professor ou pesquisador acadêmico, mestrado não ajuda muito e as vezes até te faz perder a vaga, por acharem que tu não tem o perfil mais dinâmico e multitarefas de uma empresa.

Mais um preconceito estúpido do mercado de RH. Fica aí um artigo sobre o assunto:

http://www.vidadetrainee.com/2013/06/04/vale-a-pena-fazer-mestrado/

Quanto ao ganhar a vida fazendo o que gosta é o ideal, mas nem sempre possível. Então vai muito do seu perfil e sua capacidade manter o equilibro.

Se você é um cara acomodado (no bom sentido) que prefere aquela andorinha solitária na mão, tem que sujeitar ao mercado. Se tu quer mexer com microcontroladores e te mandarem programar em PHP, vai mexer com PHP.

Agora, se você sabe o que quer e realmente quer, tem que correr atrás. Não vai ser fácil!

Nosso país é mal estruturado. Cheio de montadoras e quase nenhuma fábrica, sendo que as poucas que existem, assim que podem se internacionalizam. Se tu quiser abrir empresa o sistema vai te atrapalhar o máximo possível. Vai ouvir muito não. Muita proposta picareta (corrupção e ações antiéticas).

Também tem a questão econômica. Pra quem não tem que pagar colégio de filho, sustentar uma casa, é fácil falar que só vai trabalhar no que gosta. Quando chegam as responsabilidades, nem sempre é possível.

As vezes tem que trabalhar dobrado, tendo um emprego em uma área que não lhe atrai muito mas lhe ajuda a pagar as contas.  Enquanto isso você organiza as ideias e projetos, e principalmente junta grana, para dar um start no seu negócio e se livrar dos grilhões.

Mas... se for persistente, disciplinado e pé no chão, uma hora chega lá.

Quanto a frase do Confúcio, eu parafraseio do seguinte modo: "Procurar emprego" não deve ser sinônimo de "arrumar trabalho".

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Permalink Responder até João Vitor em 16 junho 2013 at 2:38

Quanto mais eu leio mais eu fico confuso sobre meu futuro profissional, muito interessante esse post, absorvi praticamente todo o conteúdo, eu tenho curso técnico em eletroeletrônica, me formei ano passado, me inscrevi para fazer outro curso técnico em automação industrial( que não sei se vai valer realmente a pena por ser mais 2 anos estudando no nível técnico) para começar agora no segundo semestre de 2013, eu fico em duvida sobre quando acabar o curso técnico de automação já fazer engenharia ou fazer um tecnólogo e depois uma engenharia, caso cursar os 2 valeria a pena fazer tecnólogo de produção e engenharia de automação? Alguém tem algum conselho pra me dar?

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