arduino, eletrônica, robotica...
A lição esquecida.
Venho frequentando o Laboratório já a muito tempo.
E observo que não é de hoje que diversas iniciativas empresariais (que até onde sei anseja o ganho e o lucro, de preferência maximizado em seu maior grau), chega até estas páginas (se pode-se chamar assim o LdG) procurando solução para sua falta de conhecimento, idéias, experiência e até mesmo preguiça de "ir atrás"...a internet tem quase tudo que se deseja, basta saber procurar e o principal: Saber somar alhos com bugalhos para se chegar a uma nova solução.
Pois bem, neste tempo todo, percebo que uma grande lição foi nos dada e não a recebemos, pois do contrário muitas coisas deixariam de ocorrer.
Para entender do que estou falando, aconselho a todos que queiram ter uma visão "da coisa" da qual estou falando, que se dirijam ao seguinte link: http://labdegaragem.com/profiles/blogs/como-lucrar-com-open-source
Pensem bastante e se acharem pertinente, coloquem suas reflexões nesta discussão.
Na verdade só há duas direções sobre as premissas colocadas no link:
1 - Quem for obter lucro com o que lhe for passado aqui deve retribuir em contra partida?
2 - Ou não? E se não. Qual o sentido de criar coisas que vão somente beneficiar os interesses comerciais de alguem que se "acha o máximo" não tendo que retribuir em nada para o tempo, esforço e conhecimento da qual "fez uso" e de bom grado oferecido pelos outros?
Vejam bem, não estou falando em retribuição financeira (a época do "dinheiro" está acabando, só os capitalistas é que não estão se apercebendo disso...), retribuição pode ser qualquer coisa (de preferência que não seja exatamente dinheiro para não se configurar a "compra" de alguma coisa).
Alguem consegue se aperceber disso?
Respostas a este tópico
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Permalink Responder até Jonatas Freitas em
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Permalink Responder até Euclides Franco de Rezende em
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Muito simplista demais.
Lá diz sobre o direito de comercialização.
Mas tambem diz sobre os direitos dos autores.
Aí eu pergunto: Em troca de horas e horas, alguem numa "reunião com o chefe/cliente/financiador/..." diz: - Fiz uso de algumas dicas e idéias de alguns projetos de outras pessoas.
E pronto??? Estão cumpridos "verbalmente" dessa forma o compromisso de "creditar" a obra (ou parte dela) a alguem? E "creditar" o que ? Palavras para o "ego" de alguem que nem esteja presente (se for só isso que o "autor" deseje)? Se existe um "creditar" tem um "debitar" tambem, mas o que? a quem? Sob premissas assim do "lucro" de poucos, interessa a quem continuar contribuindo?
É "muito" 1% que seje de doação de algum equipamento, instrumento, ferramenta, material, sucata (lixo???), uma garrafa de vinho, um cartão de congratulação ou agradecimento por escrito para quem efetivamente participou (e as vezes entregou "o ouro" pro "bandido?)?
Já ví casos aqui de milhares de reais, em negociação, não se tornarem nem um tutorial de "como explorar quem salvou o seu negócio", ainda mais sobre a "promessa" de que iriam dispor "tudo que foi feito" para o "benefício de todos"...pura balela...eles só levam...não trazem nada...nem desculpas.
Se sobre a premissa de lucros, muitas puxadas de tapetes já acontecem (entre sócios e parceiros), imagine sob premissa de "exploração" do que alguem esteja disposto a "compartilhar" (eis a palavra mágica), e que não exista contra partida...
Vale a frase: Eu "só" dou ok? E vc. "só" toma.
Isso é uma "Comunidade"? Estão "compartilhando" o que? O que é comum a uma relação assim?
Não estou falando de projetos particulares ou trabalhos de escola (sem fins lucrativos), estou falando de investimento, dinheiro , retorno, lucro e aproveitamento "particular" do que deveria ser "compartilhado".
Senão vira a "Rodovia Imigrantes" (a "partilha" só vai em uma direção).
Vamos refinando...
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Permalink Responder até Almir Bispo dos S.Filho em
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Estava observando o "porquê" o povo americano (pessoas comuns) é uma grande nação.eles sabem conviver com o capitalismo.Nós,da periferia global,as vezes gostamos do capitalismo,mas não aprendemos conviver como os americanos.
Vou mostrar um exemplo simples:
Em qualquer lugar dos EUA existem tecnicos,programadores ou engenheiros pensando em uma idéia( como em qualquer lugar do mundo).Mas a diferença é a persistencia,a dedicação mesmo sem lucro imediato.Quem acha que o americano produz uma idéia visando apenas lucro está totalmente enganado.Precisa ter paixão pelo projeto.
Por isso muitos projetos Open Source são de lá.Mesmo não havendo uma perspectiva imediata de lucro,eles persistem.
Mas nós brasileiros temos o defeito do imediatismo.Não conseguimos pensar além do horizonte na questão economica.
Aquele famoso "jeitinho" reflete o imediatismo em resolver uma solução.As vezes vemos pessoas abandonarem seus projetos pessoais porque precisam fazer um outro trabalho o qual vai te garantir a sua gasolina.(Desvio de foco).
Outra coisa que há no povo americano:
Senso comunitário.Mesmo no berço do capitalismo,eles pensam como agir em comunidades.Muitas vezes vemos no youtube onde hobistas se reunem para prepararem seus foguetes em grupo.
Nós da periferia global não sabemos conviver com o capitalismo,por desviar o foco,onde o foco não é apenas o lucro,mas o objetivo do produto ou serviço.O lucro é consequencia do empreendimento.
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Permalink Responder até Thiagoor em
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É amigo, essa é a visão que possuo das universidades sabia?
Nos formamos em universidade públicas e deixamos de existir para ela quando entramos no mercado de trabalho, resumindo: "gratidão por não ter pago nada? quero que se exploda, eu precisei estudar para passar no vestibular!".
Enquanto que nos EUA a realidade é outra, lá, bolsistas e não bolsistas contribuem com muitas doações generosas para a universidade depois que a formação deles lhe garantem um bom emprego.
E eu te pergunto, qual é o país desenvolvido mesmo? hehe
No ardudino eu estou cobrando pelo serviço, mas foi algo justo, estou cobrando metade dos investimentos e quando terminar o projeto vou cobrar a outra metade, e fiz isso só para antecipar um hobby. E teve muita gente que me falou "você está sendo burro, eu cobrava muito mais".
Abraço,
Thiago
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Thiago. Não se engane, não estou aqui falando de um projeto que vá custar R$ 1.000,00 (no máximo vá...para pelo menos vc. poder "lucrar" um "shieldezinho"...se é que isso é lucro...).
Estou falando de projetos que se levados a cabo, podem render (a palavra mais precisa possível) um apartamento (no mínimo...) pra quem a "por em prática" (uma vez que "quebrar a cabeça" mesmo quem vá quebrar é quem colaborar com o "experto"...na inocência de estar só "quebrando um galho"...para um TCC ou projeto "particular").
E depois, tudo que foi feito, documentado, não será colocado à público, pelo menos para que outros possam replicar em outras situações. A impressão que dá é que o "tempo" só pode ser gasto pelos outros e não por eles.
Isso já aconteceu por aqui algumas vezes, quem quiser "varra" os Foruns e Chats e perceba o nível das questões (não todas) e em que seriam aplicadas. Entendeu?
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Na teoria, o que é tirado da comunidade deve voltar para a comunidade. (Dai a César o que é de César...).
Essa a primícia do GNU, do CC, entre outras.
Se você usa uma biblioteca CC no seu trabalho, você DEVE publicar o seu trabalho como CC tbm, devolvendo pra "comunidade".
Tanto que a maioria dos cabeçalhos de bibliotecas e códigos informa: "Se não quiser divulgar o seu código, entre em contato com ....." Aí vai do autor cobrar ou não.
Quanto aos espertinhos atrás de trabalho pronto: "Antes de ensinar a pescar. Aponte pra onde estão a pá e as minhocas. Se reclamar, deixa morrer de fome!".
E olha que nem falo de interesse comerciais, pois já vi ORIENTADOR atrás de trabalho PRONTO pra orientando de TCC por aqui e em outros cantos.
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Aaaaaahhhh....então você entende o "fio da meada".
E pelo jeito concorda.
Mas se toda vez que formos filtrar o joio do trigo????
Tem um outro sistema de licença, que deixa claro que o uso só é permitido desde que seja para uso próprio ou sem fins lucrativos. Uma vez que vc. nunca vai "abrir um hexa" e achar lá dentro dele alguma coisa escrita desta forma que vc. colocou.
De outra forma deve-se "pagar" pelo uso (embora eu ache mais interessante a colaboração sem envolvimento de dinheiro) ou seja: fazer uma contribuição, ou "creditar" de alguma forma à quem colaborou.
A alguns dias, coloquei uma solução para uma pessoa (fora do LdG) que se funcionasse ele se comprometeu a doar um shield (que ele pensou que daria conta do recado....mas não deu...e portanto não usaria mais) para o grupo a qual eu pertenço (www.freelab.net.br).
Vejo que assim, o que prevalece é a intenção de colaborar e não de ganhar alguma coisa para sí e em particular.
Embora isso possa vir a ocorrer, mas aí pelo menos tem-se que se virar sozinho (afinal de contas procurar em outros locais da internet, testar, montar, programar, instalar, treinar, suportar, etc... é "trabalho"). mas fora deste ambiente de colaboração.
Não é pedir muito: Manter-se o espírito de ajuda e colaboração, recíproco.
Pelo que venho acompanhando, este tipo de movimento (Hacker) vai se tornar algo parecido com os "radioamadores" (alguem se lembra o que era isso?) e estes grupos são carentes de muitos recursos técnicos que os esforços de todos que se beneficiam com eles poderiam ajudar a diminuir.
Por isso, qualquer esforço de fornecer algum equipamento, doação material, é muito mais importante que "colocar o nome do grupo" em letras farrafais em alguma placa por aí ( e as vezes saí mais "barato" mandar fazer a placa).
Nós já recebemos uma quantidade de doações interessante (lá no site tem uma lista parcial, estamos catalogando pouco a pouco). E estamos aguardando mais materiais a serem doados (um dos maiores problemas será o espaço, daqui um tempo, para se guardar tanta coisa). Mas esta é uma forma de fazer a "máquina" funcionar. Como a estrutura ainda é pequena ainda está dando para levar. Mas estou vendo que logo, logo, teremos que fazer contato com outros grupos (aqui começa algo realmente maravilhoso) de forma que possamos estar repassando e trocando materiais e doações).
Entenderam onde isso pode "ir parar"?
Quero fazer parte disso, só não quero "alimentar tubarões".
Vão pensando aí...
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Permalink Responder até Rafael Nunes Accioly em
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Eu sei que e chato ver outros lucrando com algo que deveria ser de graça.Se todos forem parar pra pensar nisso não iremos produzir nada.Tome como exemplo os criadores do arduino,já parou pra pensar na quantidade de pessoas lucrando com clones carissimos ou que usam o nucleo arduino em projetos comerciais.Quando se lida com open-hardware se corre esse risco.mais não desamine simplesmente ignore isso e siga adiante.
offtopic(A ideia do starter kit 7400 continua de pé.Vou fazer um topico de introdução hoje)
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Rafael.
O problema não é o "lucrando", o problema é o "lucrando sozinho", faço parte de um grupo e imagino que outros estão se formando por aí. E o que sinto é que não temos apoio para nada a não ser nós mesmos. Eu acredito que é possível se criar um "passo além" dos Hackerspaces (nomes que se dão a esses grupos), de que forma? De muitas formas (aqui entra a massa cinzenta...) !!!!
Estou fazendo pequenos "testes sociais", inicialmente angariando doações de equipamentos usados, isso é até fácil de certa forma (basta ir "onde eles estão"). A seguir, pretendo criar uma estrutura de workshop (alguma coisa já acontece, mas estamos andando e marcando a "rota" ainda) e treinamentos (acredito que isso possa dar bons resultados, mas é caminhando é que se "aprende o caminho"...). E tenho outras idéias mais que aos poucos vão ser encaixadas.
Uma delas é criarmos uma forma de se fazer "justiça" com as contribuições (quem colabora recebe benefícios, quem é "colaborado" doa alguma coisa para o "sistema" se a relação direta não é recíproca: Quem recebeu colaboração doou alguma coisa que quem fez a contribuição não ira receber; ele pode escolher outra coisa que foi doada, ou receber alguma outra contribuição...uma moeda de troca??? Pontos??? Milhas??? Pipoca??? Vamos estudar isso ainda...).
Mas tem muitas outras coisas a serem discutidas. O movimento hacker está nos primórdios aqui no Brasil, temos tudo para replicar as estruturas que deram origem as "ONG"s (mas só o lado positivo espero...). Entende a extensão do que está para vir? Lá no exterior a coisa já está andando a 1.000.
Quanto ao outro "nosso assunto":
Estou para receber um kit semi-relacionado com isso e pretendo estuda-lo e ver onde se encaixa neste assunto. Me manda um email para discutirmos isso?
euclas@gmail.com
Obrigado.
Euclides.
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Permalink Responder até THIAGO EMIDIO DA SILVA em
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Isso é o puro cooperativismo.. no nosso caso de informações e conhecimento. Sou novo aqui e no arduino e vejo que é simples e facil você lucrar com os projetos que você criar e ao mesmo tempo compartilhar informações. Vejo que tem bastante gente com medo de outros pegarem seu projeto e ganharem dinheiro, Senhores não podemos abraçar o planeta sozinho.. Se todos derem a mão acho que fica mais facil..... Ainda não tirei meu projeto da gaveta mas concerteza quando iniciar eu iniciarei por aqui.. Passando e colhendo informação.... E futuramente quem sabe ganhar um dim dim para um "um apartamento (no mínimo...)", como disse Euclides.
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Da pra lucrar com opensource agindo legalmente? Dá!
Prova disso são os shields, que na sua maioria são componentes simples imitando projetos de terceiros, usando bibliotecas de terceiros... qual a sacada? O cara monta o esquematico, publica este esquemático para quem quiser montar o seu shield por conta. Como a grande maioria das pessoas tem limitação técnica, preguiça, ou pelo simples fato de custo/beneficio, existem mais "shields" comprados do que montados por conta! O autor paga de bonzinho por ter fornecido o conhecimento (devolveu o que não era dele) e lucra. ESSE SIM é o modelo americano.
Existem N exemplos nesse sentido, quem mais lembra um?!
Euclides, este modelo que você sugere é o modelo de pesquisa acadêmica brasileiro, onde uma empresa estrutura um lab. de uma universidade para que os alunos pesquisem e trabalhem para ele no mesmo laboratório. As vezes só testando mesmo. O lance é que as universidades se tornaram muito burocráticas e professor só quer artigo, artigo, artigo... Entra ai a oportunidade para estes "grupos de pesquisa independente".
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Tudo bem, que pelo menos apareçam (ou compareçam) tambem esses financiadores.
Porque boa intenção o pessoal tem (a prova disso são os projetos que aparecem, que se bem direcionados podem ser bom para todos...), só falta o "verdadeiro apoio" (não é dinheiro; É oportunidade, é equipamento, é um subsídio, é uma colaboração qualquer...) , mas o que se vê é simplesmente um "valeu" (nem parece um obrigado...parece que "valeu"...mas para quem????).
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